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Bons Sons 2022: há vida para lá da música

Por Deus Me Livro · Em 23/07/2022

A menos de um mês para a visita a Cem Soldos, e mostrando que há muito mais para além do cartaz musical, o Bons Sons divulgou toda a programação paralela, que inclui espectáculos de artes performativas, cinema e muito mais. Esta programação é de acesso gratuito para portadores do bilhete do festival (pago a partir dos 12 anos), e é limitada à lotação dos espaços.

ARTES PERFORMATIVAS

A parceria entre o Festival Materiais Diversos e o Bons Sons renova-se para potenciar o conhecimento e experiência das duas e formar esta simbiose entre música e artes performativas que dá origem a um programa composto por dois espetáculos.

#3 Movediço, de Marta Cerqueira e Simão Costa, é sobre o que se move, o que muda de lugar, o que é inconstante, o que não está fixo. Procura olhar sobre tempos geológicos longos e uma assunção da espécie humana como uma força geofísica à escala planetária. Põe em marcha uma reflexão sobre a nossa relação com outros seres do universo, sejam animais, vegetais ou minerais, especulando sobre quem se move ou é movido.
12 Agosto — Auditório Agostinho da Silva

a besta, as luas, de Elizabete Francisca, propõe-se enunciar, através de gestos e sons, uma representação possível da geografia política de um corpo não submisso. Num momento onde tantos corpos e tantas vozes dificilmente podem existir, é urgente reivindicar um lugar de resistência, transformando possíveis fragilidades em flechas e potências. O corpo como arma política, o último reduto de qualquer experiência, um grito. De afirmação de uma individualidade, em reconciliação com a sua identidade e sexualidade: do sexo à cabeça, da cabeça ao cosmos, do cosmos ao chão. Um possível mantra para me manter em desequilíbrio.
13 agosto — Auditório Agostinho da Silva

a besta, as luas © Associação Luzlinar

a besta, as luas © Associação Luzlinar

CINEMA

SESSÕES DE CURTAS METRAGENS

Este ano, a mostra de cinema itinerante de língua oficial portuguesa Curtas em Flagrante regressa ao Bons Sons com quatro sessões: duas para adultos e duas para crianças.
14 e 15 Agosto — Auditório Agostinho da Silva

OFICINA DE TAUMATRÓPIOS

Ainda relacionado com o Curtas em Flagrante, há uma Oficina de Taumatrópios (brinquedos ópticos), onde se explora o conceito de frame e vão construir-se brinquedos ópticos.
13 Agosto — Sala Terra (mediante inscrição no Posto de Informação)

DISPERSOS PELO CENTRO, DE ANTÓNIO ALEIXO

Tiago Pereira convida o geógrafo e autor Álvaro Domingues para uma viagem pelas Terras da Chanfana. Este documentário (2021) retrata um presente sem a presunção de adivinhar o seu futuro nem o saudosismo de um passado ido, debruçando-se sobre a questão do que é o território.
15 Agosto — Auditório Agostinho da Silva

EXPOSIÇÕES

OPERÁRIOS DA CULTURA

Operários da Cultura é uma exposição colectiva que regista a aldeia, as pessoas e as montagens que acontecem em Cem Soldos nos dias que antecedem a realização do BONS SONS 2022. Isto acontece pelo olhar do fotógrafo João Gigante, com o projeto “viste?” e também com materiais realizados pela equipa do festival, com áudio e vídeo de conversas captadas na aldeia sobre e a propósito do regresso do BONS SONS, após dois anos de paragem. Com esta exposição, é dado também a conhecer um novo espaço do festival: a Casa Sem Tecto Amália.
12–15 Agosto — Casa Sem Tecto Amália

OLHAR A RUA

Habitar a Rua é o mote que serve o pensamento por trás da edição do Bons Sons desde 2020. No verão desse ano, a equipa de comunicação do festival organiza uma oficina com a comunidade de Cem Soldos, que procurava ser um ponto de partida para a imagem do eventual festival de 2021. Caminhou-se pelas ruas da aldeia, em busca de sombras. Dedicando o olhar a como habitavam o espaço, e capturando-as num conjunto de colagens, registadas pelo sol em cianotipias. Aqui, mostra-se a origem da imagem gráfica do Bons Sons 2022.
12–15 Agosto — Sala Terra

Olhar a Rua © Gonçalo Fialho

Olhar a Rua © Gonçalo Fialho

PERCURSOS

PERCURSO SONORO
CEM SOLDOS PARA ALÉM DO BONS SONS

Dando a conhecer o lado menos visível do festival e da aldeia, Ana Bento e Bruno Pinto convidam os visitantes a fazerem um percurso sonoro, munidos de auscultadores. Cem Soldos para Além do BONS SONS é uma viagem por entre as pedras, os canteiros e as portas que contaminam e se deixam contaminar pelo Bons Sons para revelar as histórias escondidas por entre a História e desvendar os segredos de quem habita no local o ano inteiro. 
12–15 Agosto — Ruas da aldeia (mediante inscrição no Posto de Informação)

PERCURSOS INTERPRETATIVOS DA BIODIVERSIDADE

Em parceria com a 30POR1LINHA – Associação Sociocultural e Ambiental, realizam-se percursos que proporcionam a descoberta do património natural de Cem Soldos através de uma incursão por diversos locais da aldeia identificando a fauna e flora que se vai revelando a cada passo. Uma forma de proporcionar a descoberta da biodiversidade, bem como o enriquecimento educativo de comunidades relativamente ao património natural da região.
13, 14, 15 agosto — Ruas da aldeia (mediante inscrição no Posto de Informação)

Percursos Interpretativos da Biodiversidade © Iolanda Pereira

Percursos Interpretativos da Biodiversidade © Iolanda Pereira

CONVERSAS E DEBATES

O Gerador — plataforma independente de jornalismo, cultura e educação – traz ao BBons Sons duas conversas onde as comunidades e os territórios do interior estão no centro do debate, com moderação de Ana Catarina Veiga.

Na primeira conversa – Como pode a arte fazer parte do dia-a-dia das comunidades? – estarão presentes artistas e representantes de associações que se fixam no interior e que desenvolvem projectos com a participação da comunidade local. Discute-se a arte participativa como espaço democrático que permite descobrir, processar, compreender, organizar e partilhar experiências com João Ferreira, da Associação Cultural CISMA, que trabalha pelo desenvolvimento da comunidade artística da cidade da Covilhã, Ana Vulcão, coordenadora e co-programadora do Festival Pé na Terra que cria um intercâmbio entre grupos e artistas de países de língua oficial portuguesa, e o músico Edgar Valente, que faz parte de diversos projectos artísticos. 14 agosto — Largo do Rossio

A segunda conversa, O Cinema como Fator de Valorização do Território – Êxodo Urbano: estará a tecnologia a permitir uma reaproximação cultural entre o litoral e o interior do país?, junta Tiago Pereira, mentor de A Música Portuguesa a Gostar Dela Própria (MPAGDP), António Aleixo, realizador do filme Dispersos pelo Centro, e Luísa Pinto, responsável pelo projeto Rostos da Aldeia que, desde 2021, vem cartografando histórias de resistência ao despovoamento, no interior do país. Portugal tornou-se, nos últimos anos, um dos lugares preferidos dos chamados “nómadas digitais” e o centro de Portugal tem atraído não só portugueses como estrangeiros, que estão a repovoar um interior desertificado. Por que cada vez mais trabalhadores e artistas decidem fugir das cidades para o interior do país? Estará a tecnologia a promover uma maior coesão territorial e social, através de uma maior troca cultural entre o interior e o litoral do país? Como esta dinâmica se reflete numa maior visibilidade do interior na política nacional?
15 Agosto — Largo do Rossio

Jogos do Helder © Carlos Manuel Martins

Jogos do Helder © Carlos Manuel Martins

PARA TODA A FAMÍLIA

Como todos os anos, o BONS SONS não seria o mesmo se não oferecesse uma grande quantidade de espetáculos e atividades divertidas para crianças e famílias.

AVÓS – HISTÓRIAS GERMINADAS NO QUINTAL

O Quintal dos Avós é fértil em histórias, histórias esquecidas nas nossas memórias de infância e na memória das pessoas mais velhas. Neste quintal, as autoras Catarina Mota e Graça Ochoa apresentam dois espectáculos para todas as idades que nos ajudam a responder como olhamos hoje para as histórias de vida dos nossos avós. Abriram-se gavetas, baús, álbuns de fotos, que andavam para lá esquecidos em qualquer canto do quintal.

HISTÓRIA DE UM ESTENDAL E DE UMA AVÓ QUE NÃO SABIA LER

Esta História de um Estendal e de uma Avó que Não Sabia Ler, de Catarina Mota, tem como ponto de partida o olhar de uma criança. Uma história particular de uma janela com estendal e de uma avó. Uma história transversal de muitas realidades contada de forma simples e fantasiosa.
12 e 13 Agosto — Canto das Histórias

A AVÓ QUE NÃO FOI AVÓ

Em A Avó que não foi Avó, de Graça Ochoa, esperamos alguém especial para jantar. Tudo tem de estar a preceito! Enquanto é preparada a mesa, as conversas vão-se encadeando umas nas outras, como as cerejas. Desafiamo-nos a moldar novas tradições… reparamos que o tempo passou.
12 e 13 Agosto — Canto das Histórias

CONTOS E LENGA LENDAS

Contos e Lenga Lendas, de Gil Dionísio, é uma série de concertos e gravações para todas as idades. Concertos para violino e contos cantados. Melodias, cantigas e lenga lendas criadas a partir dos muitos mundos de Dionísio. Cada peça um conto, cada conto uma história para um corpo que se quer vivo. E para cada história surgem canções, sinfonias e sons para um violino que bebe de uma música clássica que não quer ser antiga, da música tradicional um pouco de todo o mundo e de um jazz quase esquecido: inspirado na ideia do solo, do solista e das histórias que se contam quando não há rede. Contos em malabarismo e histórias que aparecem, sempre, quando menos se espera.
14 e 15 Agosto — Canto das Histórias

RÁDIO MIÚDOS

Pela primeira vez no Bons Sons, a Rádio Miúdos (radiomiudos.pt) – que comemora este ano o sétimo ano de emissões regulares online a partir do Bombarral para mais de 140 países – leva o seu estúdio móvel para o festival. Uma equipa de miúdos e miúdas de Cem Soldos será formada para fazer a animação do festival, realizando entrevistas, reportagens e divulgando a música portuguesa e convidam outras crianças que estão no festival para se juntarem no estúdio. Uma rádio de miúdos para miúdos, à volta da língua portuguesa e com uma programação exclusivamente lusófona.
12–15 Agosto — Largo do Rossio

CURRAL

A Associação para o Estudo e Proteção do Gado Asinino (AEPGA) marca presença no Curral do Bons Sons para dar a conhecer o grande amigo que pode ser o Burro de Miranda, animal já muito pouco visto e usado em trabalhos rurais. Única no nosso país, esta raça é dócil e o burro dá um ótimo professor, guia e terapeuta. Não há família que não goste de conhecer este animal tão especial. Este ano, há a Aula do Burro, o Passeio com Burros e o Jogo do Burro.
12–15 Agosto — Curral

JOGOS DO HELDER

Os Jogos do Helder estão de volta, com brincadeiras e um circuito refrescante pela aldeia. Inspirados em jogos tradicionais de diversas regiões, em tradições ou até mesmo em experiências científicas, desenvolvem competências pessoais e sociais de uma forma divertida. Se para algumas pessoas trazem memórias de outros tempos, a outras provocam vontade de explorar o desconhecido.
12–15 Agosto — Ruas da aldeia

MÚSICA PARA BEBÉS E CRIANÇAS

Sessões para bebés e crianças, desde recém-nascidos aos 5 anos, onde professores, em conjunto com instrumentistas, proporcionam um ambiente musical variado, onde bebés e crianças são estimuladas a ouvir, a cantar, a improvisar e a utilizar a sua percussão corporal em diferentes modos e métricas variadas. Participam alunos da Sociedade Filarmónica Gualdim Pais e do Conservatório de Artes Canto Firme, de Tomar.

O professor Pedro Sousa dinamiza também um Atelier de Instrumentos Musicais Tradicionais Portugueses, para crianças dos 6 aos 12 anos, em que podem experimentar os diferentes instrumentos tradicionais portugueses em modo mini orquestra, através de algumas técnicas dos vários instrumentos e canções tradicionais portuguesas.
12–15 Agosto — Armazém (mediante inscrição no Posto de Informação)

CAIXAS VEM VIVER A ALDEIA

Através de tecnologia de captação 360º, a aldeia de Cem Soldos foi filmada em vários momentos e eventos ao longo de um ano – uma viagem às tradições e iniciativas que ocupam o espaço público da aldeia quando o Bons Sons está por chegar e que pode ser descoberto através de quatro caixas estrategicamente distribuídas pela aldeia.
12–15 Agosto — Ruas da aldeia

ESPAÇO CRIANÇA

O Bons Sons proporciona ainda o Espaço Criança, que conta com algumas actividades diárias como jogos, trabalhos manuais, brincadeiras, ginástica, entre muitas outras. Este local tem também disponível uma zona de fraldário, um serviço de babysitting e de aluguer de auriculares infantis.
12–15 Agosto — Espaço Criança

A pensar em quem privilegia ambientes tranquilos e nas famílias, este ano, a zona de campismo (de acesso gratuito aos portadores de passe geral) terá uma zona reservada que convida ao sossego e ao silêncio.

Contos e Lenga Lendas © Teresa Lopes da Silva

Contos e Lenga Lendas © Teresa Lopes da Silva

BILHETES À VENDA
NOS LOCAIS HABITUAIS

PASSE 4 DIAS
(dá acesso gratuito ao campismo)
60€

BILHETE DIÁRIO
25€

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