“Parece que, de tantos em tantos meses, alguém monta um laboratório, e tenta construir a máquina perfeita. É nessa altura que geralmente eu apareço… e lhes lembro que alguém já o fez.”
As palavras pertencem a Wolverine, aquilo que os americanos e os filmes de acção e pancadaria se habituaram a definir como um bad motherfucker. Com argumento de Jason Aaron (Thor, Scalped, Southern Bastards), que se estreou aqui pela Marvel, e ilustrações de Ron Garney (que, entre outras séries de sucesso da Marvel, desenhou um dos melhores períodos do Capitão América), “Os Homens de Adamantium” (G. Floy, 2018) é o primeiro volume da série Wolverine Arma X, um clássico no que diz respeito aos comics.
Anos atrás, Wolverine havia sido submetido a uma série de experiências pelo Programa Arma X, uma misteriosa organização militar do governo que tinha, como directriz, criar um super-soldado: a arma viva perfeita. Foi dessa forma que o super-herói com o pior feitio de todos os super-heróis ficou com o seu esqueleto e as garras cobertas com adamantium, um metal inquebrável que o transformou num mutante com um factor de cura ao nível da ressurreição eterna.
No tempo presente, Wolverine descobre que as experiências e o terror por que teve de passar estão a ser repetidas, desta vez por uma empresa privada que quer construir um exército de super-soldados implacáveis e muito dados à psicopatia, o que o leva até à Colômbia para uma daquelas batalhas épicas, ao estilo do que o Stallone fez no Rambo ou o Schwarzenegger no Commando. “Tínhamos factores de cura, esqueletos de metal inquebráveis, garras laser e armas com balas que provocam cancro. Segundo a nossa avaliação, ele não tinha hipótese. Avaliámos mal”. Acção, sangue e humor negro da primeira à última tira.
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