Chegados a “O Rei no Paraíso” (Devir, 2022), volume 13 de The Promised Neverland, o cerco do clã Ratri aperta-se em redor de Emma, Ray e da imensa família de catraios e catraias que estes foram reunindo após uma bem arquitectada fuga de Grace Field, lugar que nos apresentou a este mangá que está algures entre uma história de vampiros, um conto de terror, um filme B de ficção científica e uma visita aos estúdios de The Truman Show, com o protagonismo entregue a catraios que ainda não atingiram as 12 primaveras – ou que andam lá perto.
Com a invasão do abrigo, a fuga torna-se o único caminho possível, ficando Yugo e Lucas para trás num combate que tem tudo para ser desigual. Yugo, que diz ter-se dedicado a lutar sozinho contra demónios durante os últimos 13 anos, está decidido a ficar, mesmo que a missão pareça condenada ao insucesso: “Acabemos vivos ou mortos, vamos terminar isto juntos”.
Emma e companhia lançam-se agora na busca de um novo esconderijo, no interior de túneis que podem esconder várias surpresas – umas humanas, outras nem por isso. Através de um flashback que mostra como a vida de Yugo mudou após a chegada da criançada, este volume tem um certo ar de álbum de memórias , mostrando que estes miúdos aprenderam – e perderam – já muita coisa na sua demanda.
Com todos os caminhos a conduzirem à boca do leão, mais um enigma lançado como desafio, as notícias de que William Minerva – o rei da resistência – poderá estar vivo reacendem-se, num final que lança já a próxima missão do gangue, decidido a não perder nem mais uma vida. Passado o efeito surpresa, a série saída da imaginação da dupla Kaiu Shirai (argumento) e Posuka Demizu (desenho) continua no bom caminho.
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