Depois de um arranque prometedor, “Stumptown: Volume Dois” (G. Floy, 2020), com argumento de Greg Rucka e arte de Matthew Southworth, eleva claramente a fasquia, transformando Dex Parios, uma detective desbocada, atrevida e desbocada, numa contratação obrigatória para quem precisa de ajuda legal ou de um atalho para a evitar.
Agora com escritório novo, Dex procura novos clientes para as Stumptown Investigations, mas são muitos os clientes rejeitados por apresentarem ligações a Hector Marenco, um criminoso com quem Dex não enturma mesmo por nada. Um sentido de honra que dará direito a uma citação de Shakespeare, arrancada a uma costela de Henrique IV.
A sorte parece mudar quando entra em cena uma super-estrela musical de nome Miriam – Mim para os fãs – Bracca, a quem roubaram a sua bebé, o nome de código para a sua guitarra: uma Gibson Les Paul de 1977, perfeita, com tudo original, do braço aos captadores passando pela ponte. Mim não quer envolver a polícia, por isso caberá a Dex encontrar o paradeiro desta preciosidade, acabando por entrar em modo velocidade furiosa num mundo onde há droga à fartazana e skinheads com propensão extra à violência.
As ilustrações continuam a fazer uso de um animado jogo de cores e de uma profunda atenção ao detalhe, num universo que poderia bem ser o de Philip Marlowe se este tivesse trocado o romance pela banda desenhada. O terceiro volume já está a caminho.
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