Depois do regresso de Star Wars aos grandes ecrãs, pudemos assistir a um boom total no que a comics diz respeito. Para além da publicação de um épico chamado “A Trilogia de Thrawn“, personagens como Darth Vader e Leia tiveram direito a uma série com o seu nome, num filão que, de tão rico, fazia desconfiar mesmo do Jedi mais respeitável. As boas notícias e os bons comics não se ficaram, felizmente, por aqui. Escrita por Jason Aaron, que conhecemos de projectos como Scalped, Southern Bastards ou até dos X-Men, “Star Wars” (Planeta, 2016) é provavelmente a melhor continuação de Uma Nova Esperança que os fãs podem encontrar.
No primeiro volume desta bela edição de capa dura – que reúne os números 1 a 6 da série -, os rebeldes estão em festa com a destruição da Estrela da Morte, mas terão de enfrentar um Imperador que não se dá por vencido. Enquanto Han e Leia desencantam o melhor de si para fugirem a um assalto que deu para o torto, Luke Skywalker encontra-se cara a cara com Darth Vader, apenas para perceber que, no que aos Jedi diz respeito, não passa (ainda) de um menino. Regressa então a Tatooine para saber mais sobre o seu mentor, Obi-Wan Kenobi, enquanto Han e Leia empreendem uma missão secreta vital para os rebeldes. Mas conseguirão ter êxito sem o apoio de Luke e a sombra de Boba Fett por perto?
O segundo volume centra-se na demanda de Luke em descobrir mais sobre os Jedi, percorrendo o caminho que lhe foi predestinado. Para isso contará com o diário do velho Ben Kenobi, deixado a Luke pelo próprio, que retrata as suas aventuras durante o tempo em que se encontrava escondido em Tatooine. Porém, quando se encaminha para o Templo Jedi de Coruscant, roubam-lhe o sabre de luz e tornam-no prisioneiro, destinado a ser mais um a entrar na Arena da Morte. Já Han Solo, um habitué das trapalhadas, vê-se metido num triângulo amoroso entre Leia e uma regressada Sana, que diz ser sua mulher. E há também Jabba, esse contrabandista maior com duvidosos hábitos de higiene, que quer ter Luke como Jedi de estimação.
Em ambos os livros – o primeiro desenhado por John Cassaday, o segundo pela dupla Simone Bianchi e Stuart Imonnen -, a receita visual é a mesma: desenhos embebidos no espírito cinéfilo e um destaque maior para os grandes planos, as perseguições interestelares e explosões que levam o leitor a um revival à séria. Tudo acompanhado do humor clássico herdado dos filmes, que faz desta série uma verdadeira festa.
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