“Pássaros na Mão” (Upa Editora, 2023), com texto (a partir da tradição oral portuguesa) de Isabel Peixeiro e ilustrações de Emília Nor, parte de uma lengalenga popular portuguesa com ar de canção, à qual se junta o poema “Ode à Paz”, de Natália Correia, que nos serve um bonito mantra: “Abre a mão e deixa que ao pássaros voem livres como no olhar de uma criança”.

Um bonito livro-objecto, com uma costura que deixa ver uma fina linha laranja, e que esconde várias páginas por desdobrar, lugar onde irão morar os cinco pássaros desta história – mas só após levantarem vôo da mão que os guarda. Como se, depois de uma vida remetida ao papel e ao preto e branco com laivos de azul, ganhassem subitamente vida, transformando-se numa numerosa e ruidosa família.

Há, neste livro que nos apresenta os cinco dedos de uma mão longe do saber enciclopédico, poesia, surpresa e espanto. Além de muita imaginação, sonho e curiosidade, em mais uma esmerada edição da Upa Editora. Piu piu.
Sem Comentários