“Todos os homens, falando genericamente, podem amar um objeto proibido e, na maioria dos casos, é precisamente isso que define o conhecimento; o conhecimento perdido mais ainda.”
Seis mágicos. Cinco vagas. Uma biblioteca mágica. É este o ponto de partida para “Os Seis de Atlas” (Planeta, 2022) a obra escrita por Olivie Blake e trazida a Portugal pela editora Planeta.
A cada dez anos, são escolhidos seis prodígios do mundo da magia, sendo-lhes oferecida a oportunidade de obterem imenso poder. Este poder provém, nada mais, nada menos, da Biblioteca de Alexandria, que se julgava ter sido destruída, mas que na realidade preserva até hoje todo o conhecimento da humanidade.

Nico e Libby são inimigos que parecem não conseguir arranjar uma maneira de seguir caminhos diferentes, partilhando poderes semelhantes na área da física; Reina é uma naturalista, que consegue mover plantas de acordo com a sua vontade; Parisa é vista apenas como tendo uma beleza surreal, mas é na verdade uma telepata excepcional; Callum é um empático que vem de uma família afortunada, conseguindo controlar as emoções das pessoas em seu redor; e há também Tristan que, ao contrário dos outros, não sabe (ainda) qual é o seu poder. São estes os seis de Atlas. No entanto, uma vez que existem apenas cinco lugares disponíveis, a competição vai ser mais dura do que nunca, colocando-se a questão de quem serão os escolhidos.
“Os Seis de Atlas” é uma história interessante feita de personagens complexos, embora umas perspectivas sejam mais cativantes que outras. Olivie Blake tem uma escrita altamente detalhada, com um espaço de narrativa intrigante, culminando num final empolgante que deixa muito em aberto para o segundo volume da série.
Sem Comentários