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In(E)stantes 2021: breves literárias

Por Pedro Miguel Silva · Em 14/12/2021

(Textos breves sobre livros lidos em 2021)

“Sobreviventes” | Alex Schulman
Editora: Porto Editora

CAPA_sobreviventesLembram-se de “Memento”, filme do longínquo ano 2000 que nos trocou as voltas e nos apresentou ao grande Christopher Nolan? Pois bem, não é certo que Alex Schulman tenha dado grande atenção à película, mas a verdade é que “Sobreviventes” tem uma costela Mementiana, contada de forma temporalmente travessa. Uma história de três irmãos que, a certo momento da vida, se perderam pelo caminho, e que regressam agora à casa de infância levando com eles as cinzas da mãe. Entre o ajuste de contas e o exorcismo sentimental, “Sobreviventes” é um romance tenso, emocionante e desconcertante, uma cápsula de tempo sobre segredos, mentiras, traumas e a dificuldade tremenda que é – ou pode ser – a irmandade e essa instituição chamada família.

 

“A Cadela” | Pilar Quintana
Editora: Dom Quixote

CAPA_a-cadelaÉ um daqueles romances curtos que, ainda assim, tem cal suficiente para alimentar as feridas escondidas e descobertas em cada leitor. Na costa da Colômbia, num “lugar escuro que fazia eco e cheirava a humidade como as grutas”, um casal em ruptura dorme em quartos diferentes, tendo já desistido da ideia de terem juntos um filho – parece não haver mezinha que valha a Damaris, uma negra de 40 anos, para quem a ideia de maternidade virou uma obsessão. Uma condição que parece encontrar algum consolo quando decide adoptar Chirli, a última cadela de uma ninhada de dez, que não parece querer corresponder ao desejo maternal de Damaris. Pilar Quintana transporta-nos até um lugar onde a natureza é implacável, uma geografia ideal para nos falar de morte, decadência do corpo, pobreza, classes sociais, loucura, arrependimentos e o peso imenso da culpa. Muito bom.

“Montanhas Cruzadas” | C Pam Zhang
Editora: Bertrand Editora

CAPA_montanhas-douradasTem um certo ar de “Meridiano de Sangue”, épico assinado por Cormac McCarthy, ainda que, por aqui, não haja um auto-proclamado xerife a cirandar com um colar de orelhas humanas ao pescoço. Passado durante a corrida ao ouro na América, “Montanhas Douradas” conta-nos a história de duas irmãs muito diferentes entre si, a quem cabe, ainda sem terem chegado ao princípio da adolescência, superar uma perda enorme: a dos pais. Enquanto Lucy se esforça por falar do futuro, Sam “só tem palavras para o passado morto e enterrado”. Um livro onde a paisagem se torna uma personagem de corpo inteiro, e no qual, numa viagem ao futuro que choca de frente com o passado, é explorada a questão racial num país em expansão, tentando responder-se a questões fundamentais como estas: o que faz uma família ser uma família? O que faz uma casa ser uma casa? O que faz um fantasma ser um fantasma? A haver um mantra, seria de certeza este: “Podem existir novos lugares, novas línguas, mas não existem histórias novas. Já não existem terras selvagens que não tenham sido tocadas e perturbadas pelos homens”. Um belíssimo romance de estreia assinado por C Pam Zhang.

“Tinta Simpática” | Patrick Modiano
Editora: Porto Editora

CAPA_tinta-simpatica“…tendo nós, por vezes, lapsos de memória, todos os pormenores da nossa vida estão registados algures a tinta simpática”. Quem o diz é Jean Ebden que, ao abrir um dossier e dar com “uma simples ficha numa capa azul-celeste que desbotou com o tempo”, irá recordar a sua primeira missão para a agência de Hutte, onde teve de descobrir o paradeiro de Noelle Lefebvre. Neste exercício, no qual se transforma num escritor de fantasmas, mistura-se ou dilui-se a literatura na vida – e vice-versa -, assistindo-se a uma recusa da linha cronológica sem sobressaltos. Passado e presente confundem-se e roçam a transparência, “e todos os momentos que vivi na juventude aparecem-me, desligados de tudo, num eterno presente”. Um livro que convida a que, pelo caminho, se deixem espaços por preencher, de forma a que hajam sempre perguntas sem resposta. Modiano vintage.

“Luto” | Eduardo Halfon
Editora: Dom Quixote

CAPA_lutoPor que motivo terá a morte de Salomón, afogado no lago de Amatitlán aos cinco anos, permanecido um segredo de família – ou, pelo menos, um tema do qual toda a gente se recusava a falar? É esta a interrogação maior que levará o protagonista de “Luto”, que partilha o mesmo nome com o autor mas não deverá ser com ele confundido, a viajar até à velha casa dos avós, nas margens do lago de Amatitlán, onde em criança costumava passar os fins-de-semana até a família se mudar para a América. Um livro no qual, através dos olhos de uma criança, se faz o retrato da situação política da Guatemala, em memórias escritas num caderno em espiral onde se apontam as medições do tempo, essa “coisa real e indestrutível”. Um livro feito de frases polidas, uma escrita apurada e onde o humor caminha a par do espírito lírico.

 

“Piranesi” | Susanna Clarke
Editora: Casa das Letras

CAPA_piranesiNo ano de 2004, após 10 anos de muito trabalhinho, Susanna Clark lançava aquele que é, de caras, um dos melhores livros de fantasia de todo o sempre, um que recusou fazer parte da mania das sagas ou trilogias. “Jonathan Strange & o Sr. Norrell”, história da rivalidade entre dois magos, é também uma sátira social, e levou para casa prémios como o Hugo Award ou o World Fantasy Award for Best Novel. Seguiu-se um bem desenhado livro de contos, intitulado “As Senhoras de Grace Adieu e Outras Histórias”, e foi preciso esperar por 2020 – 2021 para a edição portuguesa – por “Piranesi”, o segundo romance que parece reinventar querer reinventar a história do Labirinto de Creta, construído pelo arquitecto e artesão Dédalo, a pedido do Rei Minos, para prender o Minotauro personagem mitológico com corpo humano e cabeça de touro. Um labirinto um pouco mais elaborado que o de Dédalo, “um lugar onde a arquitectura e os oceanos se confundem” que é composto por três níveis: os Salões Inferiores, domínio das marés; os Salões Superiores, domínio das Nuvens; e os Salões Intermédios, domínio das aves e dos homens. É sobretudo neste último que vive o solitário Piranesi, que vai registando nos seus cadernos de apontamentos – em entradas que o leitor vai lendo a espaços – as maravilhas da invulgar casa onde habita, como a localização, o tamanho e o tema de cada estátua – são milhares – e outros pontos de interesse, sabendo tudo sobre as marés que irrompem escadas acima. Dois dias por semana, recebe a visita do Outro, que vem para o guiar na busca pelo Grande Conhecimento Secreto. O mundo de Piranesi começa a ficar abalado quando surgem mensagens a giz escritas no pavimento da casa, que o fará olhar para o mundo e para os seus princípios de outra forma. Um livro que tem todo o ar de uma sessão de hipnose, de um sonho marado, escrito com a testa a arder de febre. Um labirinto mental onde Susanna Clark envolve o fantástico num manto poético e, pelo caminho, nos dá um valente sermão. Literalmente.

“Mulheres Que Não Perdoam” | Camilla Lackberg
Editora: Suma de Letras

CAPA_mulheres que nao perdoamCom as aventuras policiais do casal Patrik Hedström e Erica Falk em modo pausa – já lá vão dez volumes -, Camilla Lackberg continua a dar nos policiais com veia feminista, onde são claramente as mulheres a mandar no pedaço. Após o díptico Asas de Prata/Uma Gaiola de Ouro, história da alucinada vingança de Faye, chega a vez de “Mulheres Que Não perdoam”, protagonizada por três mulheres mal casadas que irão arquitectar no anonimato o crime perfeito: Ingrid, que deixou a carreira de jornalista em pousio para apaparicar um marido infiel; Birgitta, uma professora admirada por todos que vai adiando a ida ao médico para não mostrar as contusões que tomam conta do seu corpo; e Victoria, que veio da Rússia para a Suécia e se tornou prisioneira de um bêbado obeso e muito mal cuidado. Lê-se quase como um conto, e lembra-nos as saudades que temos de navegar, com a dupla Hedström/Falk, por entre o espírito romântico de uma Caras e o sangue-frio de um Dexter Morgan.

“A Absolvição” | Yrsa Sigurdardóttir
Editora: Quetzal

CAPA_a-absolvicaoSe Yrsa Sigurdardóttir fosse dada ao futebol, muito provavelmente teria o estatuto de jogadora polivalente. É certo que o suspense é o elemento primordial dos seus livros, mas a verdade é que tanto nos leva a bordo de um iate assombrado, numa travessia marítima entre Lisboa e Reiquejavique – “O Silêncio do Mar -, nos conduz ao Fiordes Ocidentais islandeses para apanharmos o susto das nossas vidas – um calafrio literário chamado “Lembro-me de ti” que será, muito provavelmente, o seu livro maior – como, no caso deste “A Absolvição”, nos faz entrar de cabeça no lado mais negro das redes sociais. Uma história que arranca a partir de um filme divulgado no Snapchat, no qual um encapuzado arrasta um corpo de uma rapariga para o exterior, que quando descoberto se encontra marcado com o número 2. A investigação fica nas mãos do detective Huldar, com uma clara tendência para mulheres irritáveis ou temperamentais – junto dos colegas alcançou o estatuto de “louco” -, e Freya, uma psicóloga a quem caberá entrevistar as amigas adolescentes da vítima. Um livro onde Yrsa se debruça sobre o bullying, a falta de empatia, a tortura mental e a transversalidade do mal.

“A Minha Irmã É Uma Serial Killer” | Oyinkan Braithwaited
Editora: Quetzal

CAPA_a-minha-irma-e-uma-serial-killer“Aposto que não sabiam que a lixívia disfarça o cheiro a sangue”. É com esta dica prática que começa “A Minha Irmã É Uma Serial Killer”, romance de estreia da nigeriana Oyinkan Braithwaited, nomeado para o Booker em 2019 e vencedor do British Book Awards Crime & Thriller 2020. Um livro bastante original sobre a irmandade e os laços familiares que nos apresenta a duas irmãs muito diferentes: “As semelhanças existem, temos a mesma boca, os mesmos olhos, mas a Ayola parece uma Barbie e eu faço lembrar um boneco de vudu”. Quem o diz é Korede, uma enfermeira bem comportada e dotada de um sentido ético irrepreensível, que vai desabafando – isto na ausência de um corpo acordado e lúcido – as suas mágoas com um homem em coma. É ela que nos narra a história da sua irmã serial killer, que dorme até tarde, é especialista em selfies – ideais para caçar namorados e matá-los de seguida – e parece imune a contrair sentimentos. Uma comédia negra e afiada escrita com um humor corrosivo.

“O Instinto” | Ashley Audrain
Editora: Suma de Letras

CAPA_InstintoA maternidade tem servido para alimentar a edição de manuais de bem cuidar, romances fofinhos ou testemunhos tocantes e sentimentais, normalmente embrulhados em papel brilhante com lacinho a condizer. Em “Instinto”, Ashley Audrain preferiu centrar-se no lado mais ansioso e obscuro da maternidade, num thriller com muita tensão e propenso ao arrepio onde acompanhamos Blythe Connor, decidida e tornar-se a mãe afectuosa que nunca teve. Violet, porém, revela-se uma filha distante e que lhe recusa qualquer gesto de afecto, ainda que todos digam que tudo isso não passa de imaginação e insegurança. A chegada do filho mais novo parece trazer a maternidade desejada, mas apenas irá conseguir pôr em cheque um casamento e fazer regressar um passado traumático. Será a incapacidade para se ser pai hereditária? Poderá uma mãe não amar uma filha (ou vice-versa)? Poderá uma filha ser tão sacana que nos faça querer ter um talão de devolução? Um thriller com um toque de provocação que pinta a maternidade com tons pouco efusivos.

“Heather, Absolutamente” | Matthew Weiner
Editora: Casa das Letras

CAPA_heatherImaginem “Parasitas”, filme maior do sul coreano Bong Joon-ho, convertido em livro pop americano. Poderia ser algo parecido a “Heather, Absolutamente”, o romance de estreia de Matthew Weiner, criador da série de culto Mad Men. No centro deste retrato impiedoso da desigualdade social – e das qualidades e defeitos da condição humana – está Heather, filha glamorosa da família Breakstone, campeã da riqueza e do estatuto. Quando os vizinhos começam a remodelação da sua penthouse, Bobby, um tipo criado na pobreza e na violência cujo nascimento, entre muito álcool e heroína, foi um verdadeiro milagre, ameaça o conforto e as rotinas Breakstone, com muito stalking e pensamentos obscuros que vai partilhando com o leitor. Weiner mantém o leitor em sobressalto até à última página, com parágrafos cirúrgicos e um desenlace que parece ter sido obra de um médico legista com propensões para o crime. Curto e surpreendente.

“A Última Casa em Needless Street” | Catriona Ward
Editora: Porto Editora

CAPA_a-ultima-casaÉ um daqueles livros que tem sido levado ao colo por muito bom escritor, de Gillian Flynn a Stephen King, de A.J. Finn a Joanne Harris, e que conta a história de um assassino, de uma criança roubada e de um louco desejo de vingança. Catriona Ward desafia o leitor a percorrer uma linha temporal onde não existe linearidade, para além de testar ao limite a sua sanidade mental. Há uma menina chupa-chupa, que desapareceu onze anos atrás; há Ted, na altura um suspeito, que seguiu depois a sua vida na última casa de Needless Street, apesar de continuar a sofrer de bullying e a ver mortos os seus animais adoptados, julgando as pessoas de duas formas: pela maneira como tratam os animais e pelo que gostam de comer. “Se a comida delas é algum tipo de salada, só podem ser más pessoas. Se tiver queijo, é boa gente”; o senhor-bicho, que aconselhou Ted a escrever um “diário de sentimentos”; Lauren, a filha de Ted, impedida de conhecer o que se encontra para além da porta de casa; Olivia, uma gata com muita personalidade; Dee, “a cópia imperfeita da filha desaparecida”, que esquece o ballet e dedica toda a sua vida a encontrar a pessoa que levou a irmã; Karen, a cansada inspectora, de quem Dee foi amiga até deixarem de o ser; e um Senhor que se parece com tudo, com um rosto que tanto pode ser “um falcão de bico amarelo, e depois uma flecha verde, depois um mosquito”. Um livro onde nada é o que parece, enervante, obscuro e surpreendente, onde cabe ao leitor tentar trepar para fora das páginas e provar que o ensinamento da mãe de Ted não é coisa para levar a sério: “Tudo na vida é um ensaio para a perda”.

“A Boa Sorte” | Rosa Montero
Editora: Porto Editora

CAPA_a-boa-sorte“Dir-se-ia que aquele homem não chegou a um acordo com a vida, ou sequer consigo mesmo”. Que homem é afinal este, de seu nome Pablo Hernando, que decidiu descer de um comboio antes do fim da viagem e se foi enfiar em Pozonegro, a “vilória mais feiosa do país”? Um lugar onde, para além de uma estação de gasolina e de um supermercado tudo é “deprimente, pardo, indefinido, sujo, a precisar de uma demão de tinta e de esperança”. Escrito por Rosa Montero, “A Boa Sorte” é um romance que transforma a vida numa dádiva, reunindo uma série de personagens teatrais: Raluca, caixa no Goliath – o supermercado -, que diz ser uma pintora e artista dedicada à exploração de um único tema: os cavalos; “a excêntrica dos piercings, uma adolescente rechonchuda com o cabelo pintado de preto, asas de corvo, roupa grotesca de antiga punk”; Regina, que se sente no papel de “objecto sexual, o remédio para uma necessidade de carne fraca”; Benito, o guna lá do sítio; ou Felipe, o velho que não vai a lado nenhum sem a sua garrafa de oxigénio, quase sempre ofegante e com tubos enfiados no nariz. Um livro de derrota, perda e redenção, de complexidades e contradições que, apesar de revisitar histórias de horrores familiares e de nos lembrar que “o Inferno está aqui e somos nós”, dá ao ser humano (mais) uma nova oportunidade.

“A Outra Metade” | Brit Bennett
Editora: Alfaguara

CAPA_a metade perdidaÉ um dos grandes romances publicados este ano em Portugal, uma saga familiar que atravessa quatro décadas e que conta a história de Stella e Desiree, as gémeas Vignes. Um livro que trilha o mesmo caminho literário – e temático – de boa gente como James Baldwin ou Toni Morrison, transportando o leitor até uma pequena localidade no estado sulista de Luisiana, onde a comunidade negra, geração após geração, se vai esforçando por aclarar a pele, celebrando e replicando casamentos mistos. Após a morte do pai e da humilhação da mãe, as gémeas adolescentes decidem fugir juntas de um sítio ao qual ninguém parece conseguir escapar, numa viagem que acabará por ditar o seu afastamento. Não se limitando a abordar questões de género e de raça, Brit Bennett escreveu um livro sobre reinvenção e recomeço, sobre o peso do passado, a culpa e os laços familiares, sobre aquilo que nos completa num lugar a que é difícil chamar de casa. Um livro belíssimo a que não falta alguma dose de provocação,

“As Telefones” | Djaimilia Pereira de Almeida
Editora: Relógio D`Água

CAPA_as-telefonesÉ com a imagem de um cemitério de cabines telefónicas que tem início “As Telefones”, romance assinado por Djaimilia Pereira de Almeida, no qual assistimos, de ouvido bem colado ao telefone, à história entre uma mãe e uma filha, separadas por terra, mar e uma imensa lonjura. Um livro no qual se escuta “a língua telefónica, aquela em que casais se apaixonaram e se soube da morte de soldados nas trincheiras”, e onde, a duas vozes, vemos uma mãe tornar-se velha e uma filha tornar-se mulher, numa relação construída de longe que parece não estar destinada a se cumprir. Um livro feito de sons e de cheiros, de memórias e de afectos, de corpos e geografias que, para além de se ler como uma homenagem ao telefonema, é também um lembrete de como as relações são uma perda constante, como um cair dos dentes que durou para lá da infância. Mas igualmente sobre a liberdade, que surge aqui descrita de forma deslumbrante: “morrer como quem se apronta para um baile, ou uma velha sozinha, talvez nua, a dançar na sala, calçada”. Um livro que confirma Djaimilia como uma das grandes vozes literárias a seguir de perto.

A AbsolviçãoA Boa SorteA CadelaA Minha Irmã É Uma Serial KillerA Outra MetadeA Última Casa em Needless StreetAlex SchulmanAlfaguaraAs TelefonesAshley AudrainBertrand Editorabreves literáriasBrit BennettC Pam ZhangCamilla LäckbergCasa das LetrasCatriona WardCríticaDeus Me LivroDjaimilia Pereira de AlmeidaDom QuixoteEduardo HalfonHeather AbsolutamenteIn(E)stantes 2021LutoMatthew WeinerMontanhas CruzadasMulheres Que Não PerdoamO InstintoOyinkan BraithwaitedPatrick ModianoPilar QuintanaPiranesiPorto EditoraQuetzalRelógio d`ÁguaRosa MonteroSobreviventesSuma de LetrasSusanna ClarkeTinta SimpáticaYrsa Sigurdardóttir

Pedro Miguel Silva

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