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“Duke 2: Aquele que Mata” | Hermann & Yves H.

Por Pedro Miguel Silva · Em 30/07/2021

Colorado, ano de 1868. Um assalto à mão armada a uma diligência resulta num massacre, onde apenas uma sobrevivente – Eleanor, uma menina – consegue escapar por milagre. Mullins, o manda-chuva de Ogden, reúne uma patrulha para um ajuste de contas, oferecendo uma recompensa a Marshall – ou Sharp – de 500 dólares por cabeça. Marshall que, apesar de muita conversa, não consegue esticar a corda para o dobro do valor.

Sharp sabe que, com essa maquia, terá de pôr de parte o profissionalismo e virar-se para “alguns desmiolados locais”. Essencial, porém, será convencer Duke a juntar-se à festa, ele que partiu para a clausura e uma vida a dois com Peggy, deixando para trás a má vida.

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Ao saber que a ordem veio de Mullins, Duke parte sem se despedir e regressa a Ogden, onde o aguarda uma missão bem mais tentadora: escoltar o transporte de 100 mil dólares para a sede do consórcio mineiro de Mullins, a troco de 10% da quantia. Uma jogada que o irá colocar no centro de um redemoinho, onde para além de um irmão em apuros há, também, um antigo amor. Ainda assim, Duke arranja tempo para passar uma máxima importante às novas gerações – e que serve para filosofar sobre “Aquele que mata” (Arte de Autor, 2018), título do segundo volume da série: “Quem mata transpões a fronteira de um mundo povoado de fantasmas. Do qual não se regressa. Nunca transponhas essa fronteira, miúdo!”. No caso de Duke, o passado e os fantasmas estão decididamente em maioria, tendo de colocar em banho maria o seu desejo de uma vida mais pacata.

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Hermann Huppen nasceu na Bélgica em Julho de 1938. Depois de ter terminado os estudos  para ser fabricante de móveis, tendo trabalhado duas semanas nesta profissão, abandona-a para ingressar num gabinete de arquitectura. Paralelamente,  estuda desenho de arquitectura e de decoração interior na Academia de Belas Artes de St. Gilles (Bruxelas).

Após uma permanência de 3 anos no Canadá, regressa a Bruxelas e casa-se. O acaso dita-lhe como cunhado Philippe Vandooren, futuro director editorial da Dupuis, o qual lhe encomenda uma pequena BD para uma revista de que é responsável. Essa história chama a atenção de Greg, que entra em contacto com o jovem autor e lhe propõe uma experiência de 6 meses no seu estúdio. É  assim que, em 1966, Herman começa a ilustrar Bernad Prince, uma série escrita por Greg e que é publicada na revista Tintin. Depois de uma incursão na série Jugurtha (1967), da qual desenha os dois primeiros tomos, Hermann retoma a colaboração com Greg em Comanche, série que surge em Dezembro de 1969.

Deus Me Livro, Crítica, Arte de Autor, Duke 2, Duke, Aquele que Mata, Hermann, Yves H.Em 1977, Hermann sente necessidade de criar a sua própria história e lança-se na sua primeira série a solo: Jeremiah. Entre 1980 e 1983 ilustra Nic, uma série com argumento de Morphée (aliás Philippe Vandooren). Em 1984 iniciou uma série que decorre na Idade Média, As Torres de Bois Maury.
Exigente, curioso e criador incansável, Hermann dedica-se na década de 90 à criação de “one-shots”: Missié Vandisandi (1991), Sarajevo-Tango (1995), Caatinga (1997) ou On a tué Wild Bill (1999).
Em 2000, e com a cumplicidade de Van Hamme,  desenha Lune de Guerre. Depois, com argumentos do filho, Yves H.,  surgem histórias como Liens de Sang,  Le Secret des Hommes-Chiens, Rodrigo, Zhong Guo, Manhattan Beach 1957, The Girl From Ipanema… ou Duke. Hermann, que recebeu várias distinções ao longo da sua carreira, foi em 2016 distinguido com o Grande Prémio do Festival de Banda Desenhada de Angoulême.

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Pedro Miguel Silva

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