Com argumento de Tsugumi Ohba e desenhos de Takeshi Obata, Death Note é uma série mangá composta por doze volumes – a que se acrescentou depois um décimo terceiro, uma espécie de guia da série – que, cruzando o mundo dos mortos com o dos vivos, gira à volta das ideias de livre-arbítrio, justiça e poder. Uma série publicada em Portugal com o selo da Devir que, depois de publicar os 12 volumes no habitual formato, decidiu avançar com uma Black Edition a ser editada em seis volumes, cada um deles reunindo dois volumes da série com uma capa preta, algumas páginas a cores e um formato ligeiramente maior que o da edição original.
“Death Note II – Black Edition” (Devir, 2021) continua a acompanhar o aceso jogo de xadrez disputado por suas mentes brilhantes: com as brancas – e o nome de guerra de Kira – joga Light Yagami, um estudante de 17 anos acima da média e destinado a grandes vôos que, depois de encontrar um Death Note – qualquer ser humano cujo nome for escrito neste caderno morre -, decide usar o seu poder para livrar o mundo do mal; do lado das pretas está L, um detective mistério contratado pela Interpol com o estatuto de conseguir resolver qualquer caso. Sempre. Dois cérebros da arte da dissimulação, do engano e do engenho, num combate aparentemente desigual onde, aos poucos, a distância entre ambos se vai estreitando, cabendo à inteligência desempenhar o papel principal.
Para L, que agora responde pelo nome fictício de Ryuzaki, todos são suspeitos. Neste momento, sabemos que Kira precisa de conhecer a cara e o nome das vítimas para poder matá-las, e que a sua fonte de informação é a televisão ou a Internet. Entre a já reduzida lista de suspeitos está Light Yagami, provavelmente o suspeito número 1, que se vê vigiado por 64 câmaras no seu quarto, todas detectadas pelo seu Shinigami – um dos lendários deuses da morte que o acompanha sempre. Uma vantagem que lhe irá permitir continuar a matar nos intervalos, tentando afastar aos poucos as suspeitas que recaem sobre si.
A ajudar à festa temos a chegada de um novo Kira, um Kira de imitação que põe Light num pedestal como se fosse uma estátua grega. Com este novo elemento, L pede a Light para se juntar à equipa de investigação, fazendo juz à máxima de que deveremos manter os inimigos – ou pelo menos os suspeitos – o mais perto possível. Uma máxima levada à letra, fazendo L deixar o anonimato e tornar-se colega de universidade de Light, que não tem dúvidas do que está em jogo: “Vamos lutar um conttra um, a ver quem é mais esperto”. Quem descobrir primeiro o Kira de imitação, ganhará uma vantagem que poderá ser decisiva neste confronto épico entre duas mentes prodigiosas.
Neste segundo volume, onde se descobre como matar um Shinigami e de que forma este novo e descuidado Kira ganhou o seu poder extra, continuamos a seguir o manual de instruções do Death Note onde, por exemplo, ficamos a saber que há um intervalo de 6 minutos e 40 segundos para o proprietário do Death Note alterar o que nele escreva. Antes de a vítima morrer, claro.
Tsugumi Ohba nasceu em Tóquio, no Japão. Para além de Death Note, é também o autor de Bakuman, uma série publicada na Weekly Shonen Jump, e Platinum End, publicada na Jump Square.
Takeshi Obata nasceu em Niigata, no Japão, em 1969. É o artista responsável pelo popular mangá Hikaru no Go, publicado na Weekly Shonen Jump, que ganhou o prémio cultural Tezuka Osamu na categoria Shinsei (Revelação) em 2000. Participou também nos mangás Arabian Majin Bokentan Lamp Lamp, Ayatsuri Sakon, Cyborg Jichan G, Bakuman, All You Need is Kill e Platinum End, entre outros.
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