Continuamos a acompanhar a muito estilosa Death Note Black Edition, edição na qual a Devir tem publicado, em maior formato e com a capa e lombada pretas, dois volumes num só de um sensacional mangá sobre o livre-arbítrio, onde não faltam criaturas do inferno e um bem aceso jogo do gato e do rato policial.
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O volume III – reúne os volumes 5 e 6 da edição tradicional – leva-nos até à prisão, lugar onde Light Yagami se encontra, deixando no ar a dúvida se tal não passará de uma estranha coincidência ou de (mais) um plano ardiloso. A pergunta que passa pela cabeça de Ryuzaki continua a ser a mesma: será Light o Kira?
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Com este cenário, o pai de Light pede para ser dispensado da investigação, o que, para o sempre directo e involuntariamente gélido Ryuzaki, pode ser uma boa ideia: “Sim… Não me custa imaginá-lo a matar o seu filho, e depois a cometer suicídio”. A verdade é que, com Light e Misa encarcerados, as mortes recomeçaram, o que parece provar a inocência de ambos. O que faz com que, 50 dias depois e de uma estratégia levada até ao limite, Light e Ryuzaki voltem a unir-se para dar caça a Kira.
É neste volume que entra em cena o Grupo Yotsuba, no qual há um elemento com ligação directa a Kira e que consegue exercer influência sobre o Governo, resultando na pressão para que a investigação sobre Kira seja abandonada. Porém, quem não tem polícia caça com… uma vigarista profissional e uma ladra. Há também um detective contratado para descobrir a identidade de L, e um estranho momento de auto-análise de Light que põe a cabeça do leitor à nora: “A forma como o original agia… é assustadoramente parecida com a minha maneira de pensar”.
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No volume IV – reúne os volumes 7 e 8 da edição original -, é tempo de o leitor assistir à detensão do pretenso Kira, ficando a conhecer o genial plano de Light e a visão de Ryuzaki sobre os acontecimentos, que envolve um olhar sobre quais serão as regras verdadeiras e falsas escritas no caderno mágico.
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Neste momento, o plot está já em modo Agatha Christie, com todos os intervenientes – incluindo o leitor – no mesmo grau de conhecimento. Ainda assim, ninguém vai estar preparado para o cataclismo deste épico volume, onde há uma conspiração vinda das Américas, trocas e enterros de cadernos, Shinigamis afoitos, memórias recuperadas e estratégias ao estilo de um jogo de xadrez e… chocolate. Barras e barras dele. O volume V está já a caminho das livrarias.
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