Curtas da Estante é uma rubrica de divulgação do Deus Me Livro.
Sinopse
Ao longo da época contemporânea, sobretudo do século XX, foi aos indicadores sobre a sociedade que mais se recorreu quando se pretendeu destacar o “atraso” ou desfasamento português face a outros países europeus. Invocava-se então a elevadíssima mortalidade infantil, as altas taxas de analfabetismo ou a persistente emigração para identificar as arrastadas maleitas portuguesas, cuja responsabilidade se atribuía, sobretudo, ao regime político, em particular ao Estado Novo.
Este volume procura responder a essas interrogações, oferecendo um retrato analítico e cronologicamente fundamentado da história social contemporânea portuguesa, cujos primórdios foram marcados pelo colapso imperial, pela independência do Brasil e pela vitória do liberalismo em 1834, depois de arrastados conflitos. Tratou-se não apenas de uma ruptura política, mas também do triunfo de uma nova concepção da organização da sociedade. Os contextos e limites da sua concretização, bem como as reacções que suscitou, constituem, em boa medida, a matéria tratada neste volume.
Ao longo de cinco capítulos, debatem-se os impactos sociais das mudanças políticas ou, mais exactamente, de que forma se combinaram com as transformações e as continuidades na sociedade portuguesa.
História Social Contemporânea: Portugal 1808-2000, um projecto conjunto da editora Objectiva, uma chancela da Penguin Random House, e da Fundação Mapfre, conta com a coordenação e organização dos professores António Costa Pinto e Nuno Gonçalo Monteiro, ambos investigadores na área de História no Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa (ICS-UL). Este volume conta ainda com a participação dos professores Jorge M. Pedreira professor da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, António José Telo, professor catedrático na Academia Militar de Lisboa, Álvaro Garrido, docente da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra e investigador do Centro de Estudos Interdisciplinares do Século XX da mesma Universidade, e António Barreto, investigador emérito do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa e ex-presidente da Fundação Francisco Manuel dos Santos.
Sobre os autores:
António Costa Pinto é investigador coordenador no Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa (ICS-UL) e professor Catedrático convidado no ISCTE-Instituto Universtário de Lisboa. Foi professor convidado na Universidade de Stanford (1993) e Georgetown (2004), e investigador visitante nas universidades de Princeton (1996), Universidade da California – Berkeley (2000 e 2010) e na Universidade de Nova Iorque (2017). Foi também presidente da Associação Portuguesa de Ciência Política. Entre as suas publicações recentes: Os Camisas Azuis (3ª edição, Edições 70, 2014), A Vaga Corporativa. Corporativismo e Ditaduras na Europa e na América Latina (2016).
Nuno Gonçalo Freitas Monteiro é investigador coordenador e professor do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa. Doutorado e agregado em História, foi professor visitante em várias universidades. Realizou mais de duas centenas de conferências e comunicações em diversos países e coordenou projectos científicos internacionais. Entre as suas publicações recentes, destaca-se a coordenação com J.L. Fragoso de Um reino e suas Repúblicas na Atlântico: comunicações políticas entre Portugal, Brasil e Angola, séculos XVII e XVIII (Civilização Brasileira, 2017).
Editora: Objectiva
Sem Comentários