Estão de regresso as “cidades do mundo para desdobrar e descobrir pelos olhos, mãos e pés de ilustradores que as habitam“. Depois de “Edimburgo” e “Beja”, chega agora a vez de assinalar no mapa mundial da ilustração e com pins coloridos, duas cidades ibéricas: “Madrid” e “Viseu“. O princípio orientador, esse, segue o da colecção A Minha Cidade, editada pela Pato Lógico: 1 mapa e 12 sítios, que variam consoante as preferências pessoais e as estéticas de cada ilustrador.
Manuel Marsol, ilustrador que nos últimos meses acompanhámos em viagens como “O Tempo do Gigante” ou “Ahab e a Baleia Branca“, leva-nos numa visita guiada a Madrid, cidade onde nasceu apesar de ter crescido numa localidade dos arredores chamada Majadahonda. Marsol recebeu uma educação muito artística, impulsionado por ambos os pais serem professores de História da Arte, tendo seguido Publicidade e Comunicação Visual, trabalhando nos dias de hoje como ilustrador a tempo inteiro.
Em “Madrid”, as ilustrações de Marsol são todas elas arte, quadros animados que poderiam estar numa ala do Prado destinada a exibir as mais belas ilustrações da capital espanhola. Marsol conduz-nos numa viagem por lugares como o Moby Dick Club (desenhado de acordo com o imaginário do autor antes da sua renovação), o Palácio de Cristal (onde subsiste uma Madrid antiga e romântica), o Bairro de La Latina (repleto de casas e lojas antigas, ruas íngremes, bons restaurantes e esplanadas) ou a Livraria Panta Rhei, uma das grandes perdições de Marsol.
Ana Seixas estudou design em Aveiro, conheceu-se melhor em Barcelona e voltou a sentir-se em casa no Porto. Mas terá sido o regresso a Viseu o motivo para passear e visitar a família, bem como a inspiração para desenhar um mapa com 12 sugestões de visita a esta cidade da Beira Alta.
Com ilustrações que parecem ter caído num frasco de tinta verde para de seguida começarem a distribuir sorrisos, viajamos tranquilamente por alguns lugares da cidade de Viriato: o Jardim das Mães, digno de um conto de fadas; os Claustros do Museu Grão Vasco, que albergam obras de José Malhoa, Columbano e Bordalo Pinheiro; a Casa Bóquinhas, a taberna mais concorrida da cidade que serve sangria engarrafada e Favaítos; ou a Casa das Bocas, uma casa senhorial com gárgulas bizarras que pendem do beiral da fachada. É fazer as malas, escolher o meio de transporte e partir rumo à aventura. Sempre com o mapa ilustrado debaixo do braço.
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