Já conhecíamos, de Carson Ellis, “Ké Iz Tuk?” (ler crítica), o mais doido livro infantil publicado em Portugal no ano de 2016. Uma história passada junto a um tronco com um certo ar de resort, onde descobríamos escadotes, se fumava cachimbo e se descansavam as pernas em chaise longues.

Desta vez, a autora/ilustradora norte-americana convida-nos a entrar em “Casa” (Orfeu Negro, 2024), uma casa que aqui abarca o mundo por inteiro, seja do campo à cidade ou da água ao espaço, numa mistura entre realidade e fantasia que nos mostra casas dadas ou minimalismo ou outras que usam e abusam nas decorações. Tudo com ilustrações – muitas em página dupla – que combinam e cruzam o acto de construção humana com a sumptuosidade da natureza, num estilo muito próprio que reconhecemos de “Ké Iz Tuk?”.

A tudo isto junta o imaginário e apontamentos de várias histórias que fazem parte do cânone universal, como é o caso de Ali Babá e os Quarenta Ladrões, incluído nessa bíblia literária chamada “As Mil e Uma Noites”. Estranho e belíssimo, este lar, doce lar de Carson Ellis.
Carson Ellis estudou Pintura na Universidade de Montana. Viveu e trabalhou um pouco por toda a América do Norte, como artista, vendedora de cachorros-quentes, modelo e babysitter. “Casa”, o seu primeiro livro a solo, tornou-se um bestseller do The New York Times.
Sem Comentários