É, até ao momento, uma das grandes edições de 2017 apontadas aos jovens leitores – recomendado para leitores dos 8 aos 12 anos -, encarnando com pompa, circunstância e uma banda sonora aprumada o espírito de Bollywood. E o melhor de tudo é que fica no ar a ideia de que este “Capitão Coco & O Caso Das Bananas Desaparecidas” (Orfeu Negro, 2017), com texto de Anushka Ravishankar e ilustrações de Priya Sundram, terá continuação.
O Capitão Coco é um detective genial, portador de um charme que consegue abrir todas as fechaduras –bem, todas menos a do seu escritório. Ao contrário do que fazem detectives como Harry Hole ou Philip Marlowe, este Capitão prefere beber água de coco, mas só se este tiver casca rija. Um dia, ao chegar ao escritório, ouve uma mensagem deixada no atendedor de chamadas e, 27 audições depois, lá consegue perceber o nome e a morada da mulher que a gravou bem como as palavras “desaparecida” e “banana“.
O caso, cuja resolução irá implicar muito trabalho matemático, envolve um cacho com 14 bananas mas, se tivermos em conta que o Capitão Coco era tão famoso pelas suas ondas cerebrais que sempre que outro detective tinha uma ideia chamava a isso “fazer de Coco”, a missão está muito bem entregue.
O trabalho gráfico de Priya Sundram é de tirar o fôlego, aliando ao desenho a fotografia e os recortes, uma paleta de cores que nos serve a Índia de bandeja e um apurado sentido de movimento, tudo composto com muita imaginação, ainda mais criatividade e uma banda sonora escolhida a dedo. Diversão garantida num livro para ver e reler vezes sem conta.
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