De todos os seres que habitam o fundo dos oceanos, a baleia é sem dúvida um dos mais fascinantes, inspirador de lendas, caçadas ou de livros tão intemporais quanto “Moby Dick”, assinado por Herman Melville.
Desenhado por Federico Fernández e colorido por Germán González, “Baleia” (Kalandraka, 2017) é um livro-acordeão gigante de dupla face que representa uma enorme e metálica baleia submergida no mar, um enorme submarino que poderia ter sido construído por génios visionários como Verne ou Da Vinci.
Numa das faces, a baleia desliza a par de algas, peixes de cores vivas e outras criaturas aquáticas, bem como de um grupo de mergulhadores com ar simpático, vestidos à moda dos Minions.
Na outra face o leitor é convidado a conhecer o interior da baleia, uma espécie de navio cruzeiro onde tudo acontece: pintam-se quadros ao som de uma serenata com banjo; apagam-se incêndios involuntários; trabalha-se afincadamente na sala de máquinas; capricha-se na limpeza de pequenos yellow submarines; faz-se ginástica e vai-se ao ginásio para manter a boa forma; plantam-se couves e outros vegetais para que a numerosa população não passe fome.
E outras coisas mais que esta grande cidade submarina desperte na imaginação do leitor, uma vez que as possibilidades de adivinhação e extrapolação são numerosas, fazendo de “Baleia” um “Onde está o Wally” passado no fundo do mar. Um livro para ter na prateleira ou, se preferirem, numa das paredes de casa como um fascinante quadro marítimo.
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