Um livro sobre a imigração, a sobrevivência e a resiliência impetuosa de uma família espanhola a lutar pelas ruas de Nova Iorque em 1936. Uma luta das irmãs Arenas, sem tempo nem lugar, feita de audácia, persistência, temeridade e superação de adversidades.
“As Filhas do Capitão” (Porto Editora, 2019) acompanha a história dessas três jovens, forçadas a atravessar um oceano, estabelecendo-se numa deslumbrante mas hostil cidade, e a luta incansável para encontrarem o seu caminho. Uma homenagem às mulheres que resistem quando os ventos sopram em sentido contrário e a todos os que viveram – e vivem – a aventura, muitas vezes épica e quase sempre incerta, difícil e perturbadora da imigração.
Um livro de uma actualidade imensa, sobre os sentimentos que os imigrantes partilham em terras alheias e desconhecidas, onde têm de se adaptar e sobreviver. Um retrato de uma vida de dificuldades, embustes e injustiças, desesperanças e, também, amores. As temperamentais personagens, Victoria, Mona e Luz, demonstram a qualidade do ser humano quando é obrigado a desbravar um mundo hostil e desconhecido, lutando pelos seus direitos.
A escrita de María Dueñas arrasta o leitor de forma frenética pelas ruas de Nova Iorque e bairros como Brooklyn, Greenwich Village, Harlem ou pelo Central Park. O livro, com uma trama poderosa, perde-se um pouco na vida da comunidade espanhola em Nova Iorque, e só mesmo nas cinquenta páginas finais – de quase quinhentas – a acção acontece de forma vertiginosa.
María Dueñas é uma escritora espanhola, nascida em 1964. Ficou famosa, em 2009, com o livro “O Tempo Entre Costuras”, que se converteu numa das obras mais vendidas da literatura espanhola nos últimos anos, traduzida para mais de vinte e cinco idiomas.
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