Nos próximos dias 7 e 8 de Abril, a Casa Fernando Pessoa recebe um encontro sobre a crónica que inclui uma mesa-redonda, leituras com sonoplastia ao vivo e contributos chegados da Colômbia. Trata-se do primeiro de três momentos do programa Fixando breve o momento, que surge integrado em Passado e Presente – Lisboa, Capital Ibero-americana de Cultura.
No dia 7, Alberto Salcedo Ramos junta-se a Rui Cardoso Martins para uma conversa moderada por Raquel Ribeiro. No dia seguinte serão lidas crónicas de ambos os autores com sonoplastia ao vivo, lembrando a rádio como um dos lugares de eleição para que as crónicas passem para lá do papel.
Em Junho será a vez da poesia, com Andrés Neuman (Argentina), Paula Abramo (México), Raul Zurita (Chile), Ricardo Domeneck (Brasil), Sandra Santana (Espanha), Conceição Evaristo (Brasil), Luis Felipe Fabre (México) e Vasco Gato (Portugal), moderação de Inês Fonseca Santos (Portugal) e de Jerónimo Pizarro (Colômbia). Em Outubro dá-se o regresso à crónica, com Graciela Mochkosfky (Argentina), Julio Villanueva Chang (Peru), Leila Guerriero (Argentina) e moderação de Fernando Alves (Portugal).
Rui Cardoso Martins nasceu em Portugal em 1967. Escreveu os romances E Se Eu Gostasse Muito de Morrer (2006), Deixem Passar o Homem Invisível (Grande Prémio APE, 2009), Se Fosse Fácil Era Para os Outros (2012) e O Osso da Borboleta (2014). Repórter e cronista na fundação do Público, com dois prémios Gazeta por Levante-se o Réu (Tinta-da-china, 2015). Fundador das Produções Fictícias, é co-autor e criador, entre outros programas, de Contra-Informação, Herman Enciclopédia e Conversa da Treta. No cinema escreveu os argumentos de Zona J e do último filme de Fernando Lopes, Em Câmara Lenta. Escreveu, entre outras, a peça António e Maria, com base na obra de António Lobo Antunes. Tem contos em diversas publicações nacionais e internacionais.
Alberto Salcedo Ramos nasceu na Colômbia, em 1963. Autor de vários livros de não ficção, como La eterna parranda, De un hombre obligado a levantarse con el pie derecho, Botellas de náufrago, Los ángeles de Lupe Pintor, Viaje al Macondo real e El oro y la oscuridad. É professor na Fundación Nuevo Periodismo Iberoamericano, desenvolve oficinas de crónica em vários países. Os seus textos estão publicados em várias antologias: entre outras, Mejor que ficción (Anagrama, Espanha) e Antología latinoamericana de crónica actual (Alfaguara, Espanha). Também foi incluído nas antologias Verdammter süden (Suhrkamp, Alemanha) e Atención (Czernin, Áustria), entre muitas outras. Foi distinguido duas vezes com o Premio a la Excelencia de la Sociedad Interamericana de Prensa, o Premio Ortega y Gasset de Periodismo, o Premio Nacional de Periodismo Simón Bolívar (cinco vezes) e o Premio Internacional de Periodismo Rey de España. Algumas das suas crónicas foram traduzidas para inglês, alemão, francês e italiano.
Raquel Ribeiro é portuguesa. É jornalista, escritora e professora universitária. Doutorou-se no Reino Unido, com uma tese sobre a ideia de Europa na obra de Maria Gabriela Llansol. Foi colaboradora regular do jornal Público, bolseira Gabriel García Márquez da Fundación Nuevo Periodismo Iberoamericano, na Colômbia, e da Universidade de Nottingham, com o projecto War Wounds, sobre testemunhos da presença cubana na guerra civil de Angola. Viveu em Cuba e em Inglaterra. Sob o pseudónimo Maria David, publicou o romance Europa (2002) e vários contos. Este Samba no Escuro é o seu mais recente romance (Tinta-da-china, 2013). Actualmente, lecciona Literatura e Cultura na Universidade de Edimburgo, e vive na Escócia.
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