Em tempos onde a lista das espécies em perigo continua a aumentar desenfreadamente, Kirsten Hall (texto) e Isabelle Arsenault (ilustrações) prestam homenagem e lançam um alerta sobre uma das mais admiráveis criaturas do mundo, que parece estar a ficar também com os dias contados: “A Abelha” (Orfeu Negro, 2020).
A dupla mostra-nos as abelhas como uma espécie de Oompa-Loompas do pólen, que trabalham a dançar – e quem sabe a cantar – enquanto viajam de flor em flor, sorvendo o néctar e espalhando o pólen – pólen que dá origem às sementes, as sementes a novas plantas e as plantas a novas flores, completando um ciclo maravilhoso e de uma perfeição quase matemática.
As ilustrações fazem-se de cores suaves, sempre com o preto e o amarelo a dominar, mostrando as abelhas como seres atarefados e sorridentes, sempre prontas para dar um salto ao Lux para uma pata de dança. Para o final fica reservado um texto que fala do perigo do desaparecimento das abelhas, e que oferece cinco dicas para que cada um possa fazer a sua parte ajudando estas sempre ocupadas Maias.
Kirsten Hall é uma reconhecida escritora nova-iorquina que se tem dedicado à literatura infanto-juvenil. Distinguida com vários prémios em França, conta com mais de 60 obras publicadas.
Isabelle Arsenault é uma das mais reconhecidas ilustradoras canadianas. Com um universo gráfico poético e um estilo cheio de sensibilidade e subtileza, recebeu já diversos prémios, entre eles um Bologna Ragazzi Award com o título “Cloth Lullaby”. Na colecção Orfeu Mini está publicado “Mas Porquê?“, com Mac Barnett.
Sem Comentários