Jorge Luis Borges, Roberto Bolaño e Susan Sontag estão entre as propostas da Quetzal para o primeiro trimestre de 2022. Apresentamos os livros que já chegaram e irão chegar às livrarias nos próximos meses.
(do press release)
Janeiro
“Renascer” – Diários e Apontamentos 1947-1963 | Susan Sontag
Esta primeira selecção dos diários e apontamentos de Susan Sontag inicia-se com entradas dos anos da adolescência, em 1947, atravessa os anos da universidade, as primeiras experiências na escrita, a sua formação sexual e emocional; e acaba em 1963, quando Sontag era já plena participante e observadora da vida intelectual e artística da cidade de Nova Iorque.
“O Livro de Areia” | Jorge Luis Borges [Reedição com nova capa]
Publicado em 1975, esta é a derradeira colectânea de contos de Borges. Um volume imprevisível e ao mesmo tempo monstruoso: o livro de areia, que tomará o tempo e a memória do leitor para sempre.
“O Livro dos Prazeres Inúteis” | Dan Kieran & Tom Hodgkinson
Um antídoto contra a vertigem de trabalho e velocidade. Um belo compêndio para quem acha que perde demasiado tempo a perder tempo de vida. São as coisas simples, imateriais ou não, acessíveis a todos: contemplar nuvens, tomar um banho, dormir uma sesta, passear na praia, desenhar mapas, ler poemas, subir às árvores, deambular pelas ruínas, pescar, ver o granizo a estatelar-se no passeio ou assobiar. Este livro ajuda a reencontrar as coisas mais simples da vida.
Fevereiro
“Grande Turismo” | João Pedro Vala
Um Salinger português. É assim João Pedro Vala, uma voz nova, cheia de frescura, humor e personagens urbanas irresistíveis, que se estreia na Quetzal com Grande Turismo, um romance com suicidas desajeitados, russos de gola alta e pessoas a dormir em salas de cinema.
“Chamadas Telefónicas” | Roberto Bolaño
Ernest Hemingway dizia que um bom conto deve ser como um icebergue: o que se vê é sempre menos do que aquilo que se mantém oculto debaixo de água e que é o que dá intensidade, mistério, força e significado ao que flutua à superfície. Os contos deste livro de Roberto Bolaño cumprem cabalmente esta premissa. Mistérios que remetem para outros mistérios, para outros escritores, para outras histórias, para filmes – para a nossa vida.
“As Sombras de Uma Azinheira” | Álvaro Laborinho Lúcio
Não é uma madrugada como as outras, aquela em que vai nascer o primeiro filho – ou a primeira filha – de Maria Antónia e João Aurélio: é a que muitos esperavam e agora começa a tomar forma nas movimentações das tropas pelas ruas de Lisboa e do Porto. Haverá um antes e um depois desta «manhã inicial», em que nasce a criança e renasce um país de um longo período de trevas. Álvaro Laborinho Lúcio escreve o romance que retrata Portugal nos quarenta e cinco anos que antecederam o 25 de Abril e nos quarenta e cinco anos que se seguiram à revolução.
“A Rainha e a Bastarda” | Patrícia Müller
Depois de “Uma Senhora Nunca”, Patrícia Müller regressa com um novo romance histórico entretanto adaptado para série de televisão, em estreia na RTP (com Maria João Bastos, Soraia Chaves, Filipe Duarte, Albano Jerónimo, Carlotto Cotta — e participação especial de Rodrigo Santoro). Uma história de guerra civil, conspiração, morte e filhos bastardos, com Isabel – «a Rainha Santa» – como
figura central, num Portugal de 1320. Veremos que não era apenas a Rainha Santa das histórias bem-comportadas. Preparemo-nos, que há surpresas.
Março
“Não se Privem” | David Khayat
Fenómeno de vendas em França, David Khayat é director de oncologia do hospital La Pitié-Salpêtrière, e responsável pelo plano nacional francês contra o cancro. “Não se Privem” propõe um regresso à «arte de viver» contra o «mau ambiente» criado pelo abuso da ditadura médica e dos gurus das dietas e regras nutricionais: é necessário procurar uma ligação (que existe na natureza) entre a alegria de viver e o bom senso que faz da nossa vida um acontecimento agradável. Na roleta russa da vida, é necessário sermos sensatos, equilibrados — e, sim, beber vinho e comer batatas fritas.
“Melancolia em Tempos de Incerteza” | Joke Hermsen
Será mesmo necessário abdicar da melancolia, tratando-a como doença, ou ela é um pilar da civilização e uma forma de nos relacionarmos com o mundo e a natureza? Com a ajuda de pensadores como Hannah Arendt, Ernst Bloch e Lou Andreas-Salomé, a filósofa Joke Hermsen investiga as circunstâncias em que o ser humano é tocado pela melancolia para estabelecer uma nova relação, de criatividade e esperança, com o mundo e consigo mesmo.
“Biografia do Silêncio” | Pablo d’Ors
Um breve ensaio sobre a meditação e a sua importância na nossa vida. Basta um ano de meditação perseverante para chegarmos à conclusão de que podemos viver de outra forma. Pablo d’Ors demonstra que esta prática abre brechas na estrutura da nossa personalidade, de forma que, da velha personalidade, acabe por nascer uma nova.
“Um Casamento Americano” | Tayari Jones
Lido e recomendado por Barack Obama e Oprah Winfrey, “Um Casamento Americano”, da norte-americana Tayari Jones é também o romance vencedor do Women’s Prize for Fiction 2019. Uma história que tem como protagonistas Roy Othaniel Hamilton e Celestial Gloriana Davenport, casados há pouco mais de um ano. Um dia, durante uma visita aos pais de Roy, a porta do quarto de motel em que se tinham hospedado é arrombada e Roy é preso, acusado de violação. Mas está inocente. Celestial sabe-o e os leitores também. Roy é condenado a 12 anos de prisão. A segunda parte do livro é epistolar: ele preso, ela em liberdade. Passados cinco anos, Roy ganha um recurso e é libertado. Na terceira parte do livro (cheia de acontecimentos) veremos como tudo mudou e como o passado não pode ser desfeito.
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