É mais um daqueles livros que têm trazido, para a linha da frente das prateleiras, mulheres notáveis que moldaram o mundo, como se lê no sub-título de “100 Mulheres Que Fizeram História” (DK, 2019), servido numa edição de capa dura, em formato álbum e com uma classificação que se divide em “criativas e iluminadas”, “cientistas brilhantes”, “activistas e inspiradoras”, “líderes natas”, “empreendedoras destemidas” e “conquistadoras fantásticas”.
Em criativas e iluminadas, movimentamo-nos “do palco ao grande ecrã”, numa lista onde há autoras, actrizes, pintoras e cantoras, como Safo, a maior poetisa do mundo antigo, ou J.K. Rowling, a feiticeira literária responsável pela criação de Severus Snape e companhia.
Cientistas brilhantes apresenta-nos a “pioneiras do progresso” de áreas como a química, a física, a biologia, a matemática, a zoologia e a paleontologia, como Hipátia, a matemática mais genial da antiga Alexandria, ou Rosalind Franklin, a química que ajudou a desvendar o segredo da vida – uma pista: tem três letras, começa em A e termina em N.
Activistas inspiradores são mulheres que “enfrentaram grupos religiosos e provocaram minorias étnicas”, fosse com protestos pacíficos ou recorrendo à completa anarquia. Há aqui nomes como os de Elisabeth Cady Stanton, que lançou a luta pelos direitos das mulheres nos Estados Unidos, Berta von Suttner, a romancista e pacifista que se tornou a primeira mulher a receber o Nobel da Paz, ou Mamala Yousafzai, símbolo da luta pelo direito à educação – e sobretudo por direitos iguais entre homens e mulheres.
Entre as líderes natas estão “cabeças das famílias reais, presidentes poderosas ou defensoras da liberdade”, que assumem posições de liderança. Como Joana d`Arc, que ajudou um príncipe a reclamar o trono e acabou executada (tudo isto antes das 20 primaveras), Wu Zetian, a única mulher que governou a China, ou Margaret Tatcher, a dama de ferro que divide águas como apenas o conseguiu fazer Moisés.
Relativamente a empreendedoras destemidas, “elevaram a fasquia para os gigantes da indústria internacional, quebrando os moldes instituídos ao recorrerem às maravilhas dos tempos modernos, como a Internet e as redes sociais”. Gente como Bertha Benj, a primeira automobilista conhecida, Peggy Guggenheim, a patrona da arte moderna, ou a superestrela Oprah Winfrey.
Por fim temos as conquistadoras fantásticas, “lendas do desporto”, “destemidas aviadoras” ou “intrépidas exploradoras”, como Althea Gibson, a superestrela do Grand Slam (11 torneios ganhos, 6 deles em pares), Junko Tabei, a primeira mulher a subir ao topo do Evereste, ou Marta, a melhor avançado do futebol feminino de sempre.
A tudo isto faz-se um acrescento: mulheres portuguesas fora do top 100 mas que deram um contributo decisivo para a mudança de mentalidades, numa cronologia que vai se 1080 a 1958. Tudo complementado com muitas imagens e fotos, uma paginação dinâmica, um “o que aconteceu antes” e “o que aconteceu depois” como linha temporal temática, alguns marcos históricos, curiosidade e uma descrição do que fizeram para mudar o seu mundo e o nosso.
Sem Comentários