Mariko, a filha de seis anos de Satinov estava na prisão e Estaline queria olhá-lo nos olhos para ver se ainda era leal. Era um ritual de passagem e ele, Satinov, não estava sozinho.
(Re)Conhecido pelas suas incursões na História, com bestsellers traduzidos em mais de 40 livros, Simon Sebag Montefiore assina, em “Uma noite de inverno” (Dom Quixote, 2014) um romance perturbador passado no claustrofóbico pós-guerra soviético, que contamina e simultaneamente retém o leitor.
A prisão e a morte, a qualquer momento e por um motivo qualquer, têm um grau de probabilidade elevado entre as elites moscovitas. Mas o que fazer quando os próprios filhos se tornam peões do jogo, usando os seus trunfos infantis na tentativa desesperada de sobreviver?
Neste ambiente angustiante de denúncias e traições, de pequenos, grandes e podres poderes, há ainda espaço para o Amor vivido numa cidade mágica – Moscovo –, bem como o convite ao regresso da leitura dos grandes clássicos russos, como do poeta Pushkin, que está na origem do Clube dos Românticos Fatais, que desencadeia toda uma sucessão nefasta de acontecimentos…
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