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“Maze Runner – Correr ou Morrer” | James Dashner

Por Pedro Miguel Silva · Em 14/09/2015

Se, no mundo da literatura para adultos, as distopias de relevo se resumem a “1984”, “Nós”, Admirável Mundo Novo” e a mais um par de títulos, já no universo juvenil não páram de chover sagas distópicas que, quase sempre, acabam adaptadas ao grande ecrã, como “Jogos da Fome”, “Divergente” ou “Maze Runner”, esta última com “Provas de Fogo”, o segundo livro da trilogia, a chegar às salas de cinema nacionais a 17 deste mês.

Publicado originalmente em 2009 – a edição chegou a Portugal três anos mais tarde pela mão da Editorial Presença -, “Maze Runner – Correr ou Morrer” (Editorial Presença, 2012) cedo se tornou num fenómeno de vendas um pouco por todo o mundo (foi publicado em mais de 20 países e ultrapassou a marca de um milhão de exemplares vendidos), com uma história que fundia o espírito de arena de “Jogos da Fome” com a luta pela descoberta da verdade arrancada à série televisiva “Perdidos”.

“Ele começou a sua nova vida de pé, envolto na escuridão fria e no ar bafiento e poeirento.” É desta forma que tem início a história de Thomas, um jovem que desperta numa caixa fria a caminho da claridade apenas com o nome como a única memória que guarda de qualquer vida anterior. O estranho lugar no qual desperta é conhecido por todos – apenas rapazes vivem nesse lugar – por Clareira, composta por um “…pátio imenso, do tamanho de vários campos de futebol, cercados por quatro muros enormes, feitos de pedra cinzenta e cobertos de hera aqui e ali.” Um lugar onde “nunca chovia, nunca nevava e nunca fazia demasiado calor ou frio.”

Maze Runner – Correr ou Morrer, Editorial Presença, James DashnerTal como Thomas, nenhum dos rapazes se lembra da sua vida anterior – a caixa traz um novo elemento a cada mês e tudo o que é necessário à sobrevivência dos elementos -, mas transformaram a Clareira num mundo perfeitamente organizado, onde cada um sabe o seu lugar e em que as regras tratam de explicar aos mais indecisos aquilo que é permitido ou não fazer. Como as regras em relação ao Labirinto, um lugar imenso que fica para lá dos muros da Clareira e onde ninguém deve permanecer depois do anoitecer. É nesse momento que os muros se fecham e os corredores ficam dominados pelos devoradores, umas estranhas e aparentemente indestrutíveis criaturas metálicas que, tal como minotauros, guardam a saída do labirinto. Isto de houver uma saída, já que os Exploradores vasculham há anos o labirinto em busca de uma saída sem qualquer sucesso, para além de terem percebido que há um estranho padrão que se repete diariamente, e que há alguém do lado de fora que os observa e é responsável pelo seu aprisionamento.

No nascer do segundo dia, quando Thomas pressente já que o seu destino é o de se tornar também ele um explorador, um estranho facto ocorre neste micromundo aparentemente inabalável: a chegada à Clareira da primeira e única rapariga, Teresa, que traz uma mensagem que mudará todas as regras do jogo: “Ela é a última. Acabou-se.” Entre a resignação da morte e a esperança na descoberta da saída do labirinto, a vida dos Clareireiros não mais será a mesma.

Nascido em 1972 no estado norte-americano da Georgia, James Dashner criou neste primeiro livro da série uma história que estimula a imaginação e acelera os batimentos cardíacos, e que faz com que o leitor procure, também ele, por uma saída. As pontas soltas serão muitas no final do livro, algo que os dois volumes seguintes tratarão de desvendar. Por agora, calce os seus melhores sapatos de corrida e prepare-se para uma leitura a alta velocidade.

Pedro Miguel Silva

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