Entrar na pele de Tom Cruise, abrir o livro como se fosse um laptop e decidir se há luz verde para a missão antes de uma mais do que certa auto-destruição do mensageiro. É desta forma que tem início “Intriga em Lisboa” (Planeta, 2015), mais uma aventura da série Agatha Mistery escrita por Sir Steve Stevenson que, desta vez, viaja até Portugal para desvendar um caso ocorrido uma década antes.
Agatha Mistery, a extraordinária aspirante a detective dotada de um faro detectivesco de se lhe tirar o chapéu – e acender o cachimbo -, juntamente com o sempre desajeitado primo Larry e o silencioso mas muito eficaz mordomo, tentará desvendar o que aconteceu com Fernando Loureiro, um ceramista português especialista em azulejos, morto há dez anos com a idade de 57 anos.
A pergunta que então se colocou e que novamente se irá colocar é esta: quem deitou veneno no café de Fernando, roubando o testamento destinando aos seus três jovens alunos? Um testamento que, diga-se, era um verdadeiro achado. A um dos alunos seria entregue a fórmula secreta do chamado método Loureiro, que combinava vários tipos de argila e uma preparação muito especial dos esmaltes, que tornava os seus azulejos inimitáveis peças de arte.
Dez anos depois, já com o fantasma da prescrição definitivamente ultrapassado, Luís Miranda, um dos três alunos que estavam sob a alçada do mestre Loureiro – e actual proprietário de uma pastelaria -, decide reabrir o caso. Isto depois de receber em casa um pacote com uma mensagem ameaçadora, estando convencido de que o autor é o próprio assassino de Fernando Loureiro, que terá regressado do passado para recuperar o segredo perdido.
Estarão Agatha Mistery e a Eye Internacional à altura deste cold case à beira-Tejo? Mais uma aventura que fará com que os mais pequenos, à semelhança dos mais crescidos com os livros de Christie, tentem adivinhar qual de entre os muitos suspeitos é o verdadeiro assassino. O que, diga-se em abono da verdade, não será pêra doce desta vez.
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