A princesa e a ervilha. Polegarzinha. O fato novo do Imperador. O patinho feio. A rapariguinha dos fósforos. Este conjunto representa o rosto mais conhecido do universo de contos de Hans Christian Andersen, o dinamarquês que queria ser um poeta para todas as idades. E, apesar de ter optado pela prosa, cumpriu esse desejo na sua máxima plenitude.
Andersen nasceu no ano de 1805 em Odense, na Dinamarca. Com uma infância marcada pela solidão e pela pobreza – sentimentos que atravessam muitos dos seus contos -, foi em 1819 para Copenhaga para iniciar a sua formação no Teatro Real, tendo encontrado no director um protector. A sorte bateu-lhe então à porta. Sabendo que Andersen estava acima da média no que diz respeito à utilização da massa cinzenta, o rei Frederico IV ofereceu-lhe um curso na universidade.
O seu primeiro sucesso literário chegou em 1835 com o romance “Improvisatoren”, o que lhe valeu começar a receber uma pensão do Estado. Foi neste período de boa vida que descobriu a sua grande vocação e tema de trabalho, os contos, que, apesar de na aparência serem dirigidos às crianças, têm um sentido profundo e múltiplas camadas que só são plenamente entendidas pelos adultos.
Após a publicação de outros volumes de autores como Edgar Alan Poe ou os Irmãos Grimm, a Temas e Debates lança agora o volume de “Contos” (Temas e Debates, 2015) dedicado a Hans Christian Andersen, que reúne 156 contos do escritor dinamarquês, entre os mais célebres e outros desconhecidos, que vão de uma incontida alegria à mais pesada e negra sombra. Uma oportunidade de ouro para ter, num único volume, muitos dos contos de um dos mestres da literatura infantil.
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