Eis que estamos, por fim, no último dia do 13º IndieLisboa. Já nos estávamos a habituar a uma rotina diária de cinema, pautada por descobertas, surpresas ou confirmações de mestria. Ficam os destaques para o último dia do festival, antes do rescaldo analítico dos momentos mais memoráveis da edição deste ano.
Talvez para alguns, chega hoje o momento mais aguardado de toda a programação: “L’Avenir”, de Mia Hansen-Løve, é uma sessão especial do novo filme da cineasta, que lhe valeu o prémio de melhor realizadora em Berlim. Hansen-Løve esteve em destaque na edição passada do Indie, como heroína independente, por isso o regresso era incontornável. Neste “L’Avenir”, Isabelle Huppert interpreta uma professora de filosofia a redescobrir-se após a morte da mãe, da traição do marido e uma vida profissional em águas paradas. Para ver às 21h30 no Grande Auditório da Culturgest.
Não menos aguardada é a proposta Boca do Inferno para o último dia do festival. Às 21h45, na Sala Manoel de Oliveira do Cinema São Jorge, “The Lobster” (foto de destaque), de Yorgos Lanthimos, vê nomes de peso como Colin Farrell, Rachel Weisz e Léa Seydoux nas lides interpretativas. O singular realizador de “Canino” oferece-nos um conto distópico, onde os solteiros são levados, conforme prevê a lei, para o “Hotel”. Têm, então, 45 dias para encontrar um parceiro, ou serão condenados ao “Bosque” – e, aí, aguarda-lhes a transformação num animal selvagem.
Em jeito de despedida, quem não teve oportunidade de ver no dia 27 de Abril “Un Etaj Mai Jos”, de Radu Muntean, pode contar com nova sessão às 22h15 no Cinema Ideal. O filme romeno, parte da secção Silvestre, gira em torno do dilema do protagonista, Patrascu, que não quer abdicar do conforto da sua vida padrão de classe média para envolver-se nos problemas que surgiram na sua vida desde, que testemunhou um ataque violento a uma vizinha.
Até 2017, Indie!
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