Um total de 32 filmes compõem a selecção oficial da oitava edição do MDOC – Festival Internacional de Documentário de Melgaço. A decorrer entre os dias 1 e 7 de Agosto deste ano, o evento apresenta hoje a selecção internacional de filmes, uma escolha que pretende reflectir sobre diferentes questões sociais, individuais e culturais que afectam as sociedades contemporâneas. No total estão representados 12 países, num olhar transversal e intercontinental sobre as questões de identidade, memória e fronteira. A programação nacional integrará, entre outros, filmes de Inês T. Alves, Paulo Carneiro, Sérgio Tréfaut, Susana Nobre e Susana Sousa Dias.
Conectado com o território onde se insere, o MDOC propõe ainda um diálogo com os arquivos e memórias dos seus habitantes. Através do projecto Quem somos os que aqui estamos?, o evento desenvolveu um processo de recolha, digitalização e reinterpretação de fotografias de arquivos domésticos de habitantes das freguesia de Castro Laboreiro e Lamas de Mouro. Um trabalho que se traduzirá num ciclo de exposições de acesso livre.
Nova secção do festival, X-RAYDOC será coordenada por Jorge Campos, onde se fará a análise de um filme marcante na História do Documentário. Nesta edição, o escolhido foi “Cabra Marcado Para Morrer”, de Eduardo Coutinho. Luís Mendonça é o convidado para a conversa/debate.
No plano da formação, destaque para as oficinas de Mercedes Álvarez, que se propõe a olhar, através da experiência da realizadora, a construção e estudo do processo de criação de um filme documentário, ao longo de todas as suas fases; e de Filipe M. Guerra, onde se olharão as etapas de produção de documentários independentes de baixo orçamento, assim como se explorarão ideias sobre a forma como a produção audiovisual serve como espaço para a expressão de visões e opiniões.
O MDOC integra ainda uma competição de cartazes de filmes, assim como uma iniciativa de programação intensiva, o Salto a Melgaço, a ter lugar no fim-de-semana de 6 e 7 de Agosto, que inclui projecção de filmes, visita a exposições, ao Museu de Cinema Jean-Loup Passek e ao Espaço Memória e Fronteira.
Há também o programa para o Fora de Campo, um curso que parte de projectos de pesquisa e narrativas digitais e audiovisuais para propor um debate em torno das relações entre a antropologia e o cinema, abrindo espaço para a troca de ideias e o contacto entre o contexto académico, as redes profissionais, as associações científicas e os cineastas.
Sem Comentários