“Diamantino“, a nova longa-metragem de Gabriel Abrantes e Daniel Schmidt, serve de arranque à 26ª edição do Curtas Vila do Conde Festival Internacional de Cinema no dia 14 de Julho. Integrada na secção Da Curta à Longa, esta exibição marca a estreia nacional do filme que venceu o Prémio da Semana da Crítica na última edição do Festival de Cannes.
Elogiado pela crítica internacional, “Diamantino” narra a história de uma estrela do futebol mundial que fracassa em final de carreira, confrontando-se com o mau-olhado da opinião pública. Num retrato que cruza os géneros da comédia, do drama e da ficção científica, Diamantino acaba por se envolver em questões políticas – do combate ao neofascismo à crise de refugiados -, culminando numa crise existencial sobre a origem do génio.
O realizador português, que é já uma presença habitual no festival, recebeu no ano passado o prémio para melhor realização pela curta-metragem “Os Humores Artificiais”, integrando ainda a exposição colectiva Terra, na Solar Galeria de Arte Cinemática, com “Corcunda”, filme co-realizado com Ben Rivers. O Curtas Vila do Conde tem acompanhado o trabalho de Gabriel Abrantes desde 2009, exibindo várias das suas curtas-metragens: “Too Many Daddies, Mommies and Babies” (2009), “Baby Back Costa Rica” (2011), “Fratelli” (2011), “Zwazo” (2012), “Taprobana” (2014) e “A Brief History of Princess X” (2016).
A secção Da Curta à Longa apresenta ainda o último filme de Yann Gonzalez, “Un couteau dans le coeur” (2018), também estreado no Festival de Cannes. Tendo como pano de fundo a indústria pornográfica do fim dos anos 70, em Paris, a longa-metragem narra a história de Anne (Vanessa Paradis), produtora de filmes porno de série B. Num estilo inconfundível que tem vindo a amadurecer desde início de carreira, o realizador francês combina o drama de uma relação amorosa falida e de um assassinato em série, a meio caminho entre o erótico e o policial.
O festival apresenta, também, uma carta-branca de Yann Gonzalez, uma muito louca sessão de meia-noite, composta por filmes vanguardistas e algumas raridades, apresentada pelo próprio: “Depressive Cop” (2016), de Bertrand Mandico; “Tout ce dont je me souviens” (1969), de Christian Boltanski; “The Cat Lady” (1969), de Tom Chomont; “Dellamorte Dellamorte Dellamore” (2000), de David Matarasso; “Jungle Island” (1967), de Jack Smith, são algumas das escolhas do cineasta.
O 26º Curtas Vila do Conde, que decorre entre 14 e 22 de Julho, tem o apoio do programa MEDIA/Europa Criativa, da Câmara Municipal de Vila do Conde, do Ministério da Cultura, do Instituto do Cinema e Audiovisual e de vários parceiros imprescindíveis à realização do festival.
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