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Cinema e libertação: a retrospectiva do legado de Sarah Maldoror no IndieLisboa

Por Deus Me Livro · Em 01/03/2021

Sarah Maldoror, cineasta recentemente desaparecida, vai estar em grande destaque na próxima edição do IndieLisboa que, se tudo correr pelo melhor, se irá realizar entre os dias 29 de Abril e 9 de Maio. Fica o press release que nos chegou à redacção sobre a Mostra dedicada a Sarah Maldoror.

A cineasta Sarah Maldoror ergue novamente a sua voz, por tantas pessoas que continuam silenciadas, durante o próximo IndieLisboa. O festival e a Cinemateca Portuguesa apresentam a sua obra cinematográfica, num contexto quase integral, sendo que alguns dos seus filmes permanecem ainda por localizar. Uma retrospectiva plena de revolução e de esperança, um olhar sobre uma cineasta que precisa de se encontrar com o público português.

Recentemente desaparecida, deixou um legado de filmes que reflectem as questões que atravessaram toda a sua vida e pensamento: das guerras coloniais (Monangambé, Sambizanga) ao movimento da negritude (Aimé Césaire, Léon-Gontran Damas, Toto Bissainthe), passando pelos retratos de artistas que influenciaram a sua criação (Ana Mercedes Hoyos, Vlady, Miró).

Sarah Maldoror fundou Les Griots em França, em 1956, uma companhia “para pôr fim aos papéis de serva” e “para tornar conhecidos artistas e escritores negros”, palavras suas num texto divulgado pelas filhas, Annouchka de Andrade e Henda Ducados, e publicado por Marta Lança no Buala. Annouchka de Andrade estará em Lisboa durante o festival para acompanhar a retrospectiva, que incluirá filmes totalmente inéditos, cujo paradeiro foi recentemente descoberto. Haverá ainda lugar para uma contextualização da sua obra em colaboração com outros autores, como Gillo Pontecorvo, Chris Marker ou William Klein.

Depois de estudar cinema em Moscovo no início dos anos 60 (tal como Ousmane Sembène), começa a criar os seus filmes sobre as questões coloniais e a afirmação de intelectuais africanos, e juntamente com o seu companheiro, o poeta e fundador do MPLA, Mário Pinto de Andrade, mergulha nos movimentos de libertação em África. A sua primeira obra, Monangambé (1969) (na foto), fala precisamente do brutal papel de Portugal colonizador, fazendo uma brilhante adaptação de uma novela de Luandino Vieira. Muito embora alguns dos seus filmes tenham sido vistos e premiados em todo o mundo no circuito de festivais, a riqueza deste conjunto permanece ainda por descobrir. A lista completa de obras exibidas será revelada brevemente e integrará filmes completamente inéditos.

Vendo os seus filmes temos ainda muitas questões para levantar, debater, revisitar. E iremos fazê-lo presencialmente, com todo o nosso público em sala, perante a magnitude da obra desta cineasta vista num ecrã de cinema. Mais informações sobre o IndieLisboa em breve.

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