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CineEco Seia recebe no grande ecrã as vozes para a mudança

Por Luísa Velez · Em 22/08/2018

Entre 13 e 20 de Outubro, o CineEco Seia – Festival de Cinema Ambiental da Serra da Estrela volta a oferecer uma selecção de filmes que pretendem servir de reflexão sobre o lugar do homem, da economia e da acção individual nas temáticas de preservação ambiental.

Debaixo do tema “os quatro elementos”, a selecção oficial para as secções de competição internacional propõe 50 filmes que representam um olhar para algumas das práticas e vozes que inspiram a mudança por todo o mundo. Da arquitectura sustentável à economia colaborativa, da desconstrução de rotinas à denúncia de algumas das mais poluidoras indústrias mundiais, são vários os temas que servem de ponto de partida para a reflexão rumo à mudança, razão essencial do festival e do seu compromisso com a sensibilização pela cultura.

A abrir o festival estará “Mentiras Verdes”, de Werner Boote, considerado um dos grandes filmes ambientalistas de 2018 –  estreou no Festival Internacional de Cinema de Berlim -, que mapeia as relações entre a economia e a ecologia e discute as políticas das empresas relativamente aos produtos verdes, promovendo a necessidade de um consumo e gestão sustentável dos recursos para consumidores.

A concurso pelo grande prémio da Competição Internacional de Longas Metragens estarão 10 filmes filmados por todo o globo. Desde o apanhado histórico da herança negativa deixada pela plantação de seringueiras na Amazónia pela Ford Company, fazendo o paralelo para as culturas de sucesso dos nossos dias em “Muito Além da Fordlândia”, de Marcos Colón, à luta de um homem, Anote Tong (presidente do Kiribati), contra a aniquilação do seu país e da sua cultura em “A Arca de Anote”, de Matthieu Rytz, passando pelo elogiado “Ponto sem Retorno”, de Noel Dockstader e Quinn Kanaly, uma viagem em torno do primeiro voo inteiramente alimentado a energia solar.

“O Negócio do Leite”, de Andreas Pichler, desconstrói no grande ecrã a indústria ligada à sua produção de leite, de lobbyistas a produtores de gado, de NGO’s a cientistas, pondo a descoberto algumas das verdades de um sistema que gera riquezas à custa da sustentabilidade e preservação do ambiente. “(A)Social – 10 dias sem telemóvel”, de Lucio Laugelli, reflecte sobre um dos mais presentes vícios da contemporaneidade: o uso do telemóvel e das redes sociais. “A Utopia Revisitada”, de Kurt Langbein, explora modelos alternativos ao sistema capitalista globalizado, através da voz e projectos de quatro empreendedores e activistas sociais que criaram espaços onde é possível cooperar, compartilhar e preservar a natureza.

Histórias inspiradoras as de “Didi Contractor – Casando a Terra com a Arquitectura”, de Steffi Giaracuni, sobre uma arquitecta de 86 anos que continua a trabalhar diariamente para implementar novas soluções de habitação com menos impacto ambiental, ou “As Pequenas Galochas Amarelas”, de John Webster, uma mensagem deixada por um avô à sua neta sobre o lugar que cada um de nós ocupa no mundo.

O debate essencial em torno da exploração comercial da água numa Europa a braços com sucessivas crises é assumido aqui por “Até à Última Gota – A Guerra Secreta na Europa”, de Yorgos Avgeropoulos, enquanto em “DRVO – A Árvore”, o novo filme de André Gil Mata, se dissecam as cicatrizes da guerra na Bósnia.

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A programação nacional e de língua portuguesa, assim como os restantes filmes em competição nas diferentes secções do festival serão anunciados nos próximos meses.

Em colaboração com a Green Film Network (GFN) e a Turismo do Centro, o CineEco 2018 vai organizar ainda o 1º Fórum Internacional de Festivais de Cinema de Ambiente. Esta iniciativa tem já assegurada a presença de 37 directores de festivais de cinema de ambiente de todo o mundo, além de outros reputados oradores internacionais. O objectivo aqui será o de reunir os 40 festivais de cinema ambiente mais importantes do mundo, com vista a reforçar os laços e promover o debate e a reflexão sobre a importância das plataformas audiovisuais que promovem mudanças sociais e de sustentabilidade. O fórum pretende, ainda, contribuir para uma maior profissionalização dos festivais e organizar uma reunião geral para discutir questões comuns dos festivais.

O CineEco 2018 é organizado, como habitualmente, pelo município de Seia, cumprindo este ano a sua 24ª edição. É por isso um dos mais antigos festivais de cinema de ambiente do mundo e integra a Green Film Network, uma plataforma de 40 festivais, da qual é igualmente membro fundador e da direcção da mesma. O CineEco 2018 conta com o apoio da Águas de Portugal e da LIPOR, parceiros que, este ano, atribuem prémios especiais.

Mais informações no site oficial.

CineEco Seia

Luísa Velez

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