“A batalha entre Kanroji e o demónio prolonga-se. Dentro de si, já é pouca a força que resta”. Para complicar, é política dos demónios fazerem-se à estrada assim que o romper do dia ameaça, pelo que estamos a rolar em modo agora ou nunca. Bem-vindos a “Demon Slayer 15: Alvorecer e Aurora” (Devir, 2024), e ao momento em que, prestes a deitar mãos ao verdadeiro demónio Hantengu, Tanjirou se vê perante uma escolha delicada: proteger a irmã do sol ou perseguir o demónio antes que o dia rompa.
Noutra geografia, a investigação ao sangue de Nezuko e dos doze demónios da lua dá um passo de gigante, mas são muitas as questões que atravessam o pensamento da senhora Tamayo: “Penso ainda muitas vezes por que razão a Nezuko não voltou ao que era antes e continua no seu estado mais infantil. Talvez, dentro da Nezuko, haja algo mais importante do que voltar ao que era, uma prioridade que a domina”.
Em mais um mergulho olímpico ao passado, conta-se a história de Muzan que, ao estilo de um vampiro, se vai alimentando de carne humana para escapar à luz do sol. “Foi um médico de período Heian que transformou Kibutsuji Muzan em demónio”, com a previsão de que iria morrer aos 20 anos. Nezuko poderá ser a chave para a cura de Muzan, que procura um medicamento conhecido como Lírio Aranha Azul, tratando de estabelecer as duas prioridades para os tempos mais próximos: imortalidade e sol.
Zenitsu continua embevecido por Nezuko, mas a abordagem sentimental é capaz de não ser a mais indicada: “Se nos casarmos, poderás comer sushi e enguia todos os dias. Comigo ficas protegida!”. Quanto a Kanjirou e Takiyou, manifestaram ter marcas com padrões distintos e, de acordo com a lenda, “quando um escolhido pela marca aparece, esta também aparecerá noutros, como que numa ressonância”. Marca que primeiramente havia aparecido em Tanjirou, de momento ocupado com o treino dos Hashira e a zanga alheia por não ter ainda dominado o “fôlego da água”, que lhe permitiria tornar-se o Kashira da Água.
Em grande forma está também Inosuke – que saudades tínhamos deste herói com cabeça de javali –, num volume que termina com fogo e lágrimas e deixa a porta aberta à continuação dos incríveis treinos com os Hashira. Depois de alguns volumes de pura acção física, Demon Slayer parece ter reencontrado o seu caminho.
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