Embora pertencendo a uma série de livros, “Silêncio Mortal” (Alma dos Livros, 2023) pode ser lido separadamente. É um livro com um mistério denso, em redor de uma criança desaparecida, ao longo do qual vamos desvendando alguns pormenores em conjunto com a detective Kate Marshall e o seu sócio, Tristan Harper.
Um livro de mistério, que se lê fácil e rapidamente, talvez ideal para desanuviar entre leituras mais pesadas. Ao longo da obra queremos sempre saber um pouco mais mas, a certa altura, para os leitores mais atentos e habituados a embrenhar-se e a desvendarem mistérios, o final pode tornar-se claro.
Na trama, Charlie desapareceu quando tinha apenas três anos. Enquanto acampavam em família numa zona remota e, mesmo com a avó a ausentar-se apenas por breves instantes com a tenda dos pais mesmo ao lado, Charlie desapareceu sem deixar qualquer rasto. Mais de dez anos depois, a avó da criança encontra-se no hospital com a detective privada Kate Marshall, a quem pede que encontre o seu neto há muito desaparecido. Kate sabe que enfrenta uma missão quase impossível mas embarca na mesma, ao mesmo tempo que lida com desaires pessoais e confronta alguns temores.
Ao longo de cada capítulo, em conjunto com novos pormenores do caso, vamos descobrindo partes da vida não só de Kate, mas também de outras personagens. A luta contra a dependência do álcool, o receio desenvolvido por algo que adoramos após uma experiência traumática ou a solidão são alguns dos temas abordados ao longo das cerca de 300 páginas do livro. Contudo, talvez fique a sensação de que Robert Bryndza poderia ter explorado as personagens um pouco mais aprofundadamente.
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