Londres, 1940. Enquanto a Segunda Guerra Mundial se desenrola na capital britânica, Eric, um rapaz orfão de 11 anos, passa os dias no Jardim Zoológico da capital, onde trabalha o seu tio Cid. Eric não é, usando a gíria estudantil, um rapaz muito popular, Na verdade, na escola até é conhecido pelas suas “orelhas de abano”, o que faz com que veja na gorila Gertrudes, o seu animal preferido do Zoo, uma espécie de semelhante.
Como Harry Potter, Eric vive numa pequena dispensa escura e húmida, em casa de uma avó rígida e surda que nem uma porta, razão pela qual é Eric quem tem de avisá-la sobre as sirenes de aviso e a necessidade de se abrigarem dos ataques aéreos.
Quando a cidade é bombardeada, Gertrudes vê-se fora da jaula, o que faz com que o guarda do Zoo, um tipo de dedo leve no gatilho, queira cumprir à risca o manual de emergência, que basicamente diz que tudo aquilo que saia da jaula não possa voltar.
Desta vez, David Walliams leva o pequeno leitor numa viagem que encarna o espírito da protecção animal, onde encontramos um zoológico secreto de animais enfermos ou descobrimos um plano secreto alemão para acabar de vez – e do lado errado – com a guerra. Guerra que está no centro de “Nome de Código: Bananas” (Porto Editora, 2021), assolando uma cidade que, apesar dos bombardeamentos – ou blitz, palavra alemã para relâmpago -, dos sinais de alarme e das muitas noites dormidas em abrigos improvisados ou em estações de metro, nunca esqueceu aquilo que há de mais importante: Viver. Amar. Rir.
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