The Promised Neverland (Devir) é, por aqui, vista como uma das grandes séries mangá do momento, a que não falta um toque de gore que deixaria Stephen King felicíssimo da vida. Ao terceiro volume, e depois de dois outros que abriram janelas suficientes para causar calafrios e correntes de ar para alimentar um moinho de vento, é tempo de recrutar novos aliados, procurando escapar a um orfanato onde as crianças são criadas para servir de alimento a criaturas aparentadas de demónios.
Emma, Norman e Ray procuram descobrir pistas nas mensagens escritas em morse por William Minerva, vindas de fora e camufladas nas páginas de livros, onde na presença de uma coruja se vão lendo avisos como “Fujam!”, “Monstro!”, “Duvidem!” ou “Colheita!”.
Don e Gilda, dupla que Emma, Norma e Ray tenta recrutar para a causa – correndo o risco de serem descobertos -, não são grandes adeptos da descrição, acabando por se aventurar dentro de um quarto secreto escondido por trás das estantes da biblioteca, deparando-se com uma cruel verdade que lhes é apresentada de forma inocente.
Quanto a Krone, a criada de Isabella e serva dos demónios, chega-se à frente com uma estranha e improvável proposta, mostrando estar a par das movimentações da pequenada com vista a uma fuga ainda maior do que aquela que Stallone, Pelé e companhia conseguiram a dar chutos numa bola em “Fuga para a Vitória”.
Com mais um final capaz de provocar no leitor uma pequena taquicardia, este volume vê firmar-se uma união forçada, feita de mentiras e pequenos detalhes, onde a esperança associada à fuga e ao desconhecido parece resumir-se a uma frase: “Lá fora há humanos que não são comida”. Proteja bem essas costas, caro leitor.
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