A música regressa ao Meco nos dias 16, 17 e 18 de Julho para a 26ª edição do Super Bock Super Rock, festival que anunciou recentemente duas novas confirmações para o Palco EDP: The Neighbourhood, que actuam a 18 Julho, e GoldLink, que se chega à frente no dia anterior. Ficam as apresentações à boleia dos press releases.
Os The Neighbourhood são um dos melhores exemplos de uma banda que parte do rock ao encontro do hip hop, do r&b e de elementos electrónicos. A banda da Califórnia nasceu do encontro entre o vocalista Jesse James Rutherford, os guitarristas Jeremy Freedman e Zach Abels, o baixista Michael Margott e o baterista Brandon Fried. A banda formou-se em 2011 e um ano depois já causava burburinho no cenário da música alternativa graças ao lançamento do primeiro EP: “I’m Sorry”. Singles como “Sweater Weather” e “Female Robbery” foram muito ouvidos online e fizeram com que o público e a crítica colocassem os olhos (e ouvidos) no som dos Neighbourhood. E depois de mais dois EPs, onde testaram hipóteses e limaram algumas arestas (deixando ficar outras, para o bem do rock), a banda editou o seu primeiro disco, “I Love You”. A mixtape “#000000 & #FFFFFF” chegaria logo a seguir e incluía o tema “icanteven”, com a participação de French Montana. Por esta altura os Neighbourhood já eram uma das bandas mais interessantes do panorama indie norte-americano e confirmaram esse estatuto com a edição do segundo disco, “Wiped Out!”, um registo em que géneros como o pop, o rock e o r&b aparecem juntos, adornando uma língua nova, a própria língua dos Neighbourhood. “The Neighbourhood”, o homónimo editado em 2018, fixa a banda como um dos mais sérios representantes de um certo pop alternativo, com a rara mestria de ficar com um pé no cenário indie e outro no cenário mais transversal. “Scary Love” é um desses novos temas que promete fazer as delícias do público português.
GoldLink (na foto) é um dos nomes mais estimulantes e promissores do hip hop feito nos dias de hoje. Conhecedor das regras do hip hop, o rapper não perde uma oportunidade de arriscar e de se aventurar por territórios mais alternativos. O jovem D’Anthony Carlos começou por se apresentar como Gold Link James e foi assim que começou a dar nas vistas, partilhando algumas das suas faixas online e garantido desde cedo um bom número de seguidores. Apesar do sucesso, o jovem músico fez uma pausa nesse percurso e regressou com toda a força em 2013, já com a assinatura GoldLink. As músicas partilhadas pelo rapper na plataforma SoundCloud eram cada vez mais ouvidas, o que chamou a atenção de nomes como o produtor Kaytranada e o dinamarquês Galimatias. Em 2014 editou a primeira mixtape, “The God Complex”, e logo recebeu elogios do público e da crítica, que considerou este registo como uma das melhores mixtapes editadas nesse ano. Em 2015, começou a trabalhar com o produtor Rick Rubin, uma das influências mais fortes na consolidação da sua linguagem musical e na sua mixtape seguinte: “And After That, We Didn’t Talk”. O sucesso destes lançamentos fez com que GoldLink assinasse pela RCA, a editora norte-americana que viria a editar o seu primeiro álbum, em 2017: “At What Cost”. Com as participações de nomes como Wale, Shy Glizzy, Steve Lacy, Jazmine Sullivan, Kaytranada, Mýa e Brent Faiyaz, o disco está fixado na história musical da sua cidade, Washington, DC. O single “Crew”, que conta com as participações de Brent Faiyaz e Shy Glizzy, foi nomeado para um Grammy na categoria de Melhor Rap/ Melhor Interpretação. E o Grammy acabaria mesmo por chegar no ano seguinte, graças à colaboração com Christina Aguilera no tema “Like I Do”. O segundo álbum, “Diaspora”, editado em 2019, reúne convidados como Pusha T; Tyler, the Creator; Khalid e Wizkid e é mais uma pérola para ser desfrutada pelo público português.
Promotora: Música no Coração
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