É já uma daquelas tradições como ir comer um travesseiro à Periquita quando se vai a Sintra ou, para os mais afoitos, dar um belo de um mergulho no primeiro dia de cada novo ano. Falamos de The Legendary Tigerman, que no dia 25 de Dezembro volta à ZBD para o já clássico – e esgotado – concerto de Natal. Fica o bem redigido press release, preparado para a ocasião festiva.
E na noite de Natal, o Rock n’Roll volta a descer à Terra para aquecer o coração aos solitários. Com as ruas vazias e os espíritos dominados por sentimentos confusos (alívio, paz, depressão, melancolia, tédio), não há nada como o estrépito do som das guitarras e a ameaça de uma voz tecida nas imagens da América profunda. Música fantasiosa para libertar da fantasia.
O anfitrião voltar a ser The Legendary Tigerman, acompanhado de instrumentos e canções. É um caso raro, este. Um homem convidar os outros, com a sua música, sem alaridos, apenas com a convicção serena de que ela bastará para o sucesso do chamamento. Ora, no repertório do homem-tigre não faltam canções que têm, exactamente, a capacidade de congregar os outros à sua volta. Por exemplo, Do Come Home ou Life Aint Enough For You. E o mais importante, sobretudo nesta noite, não se impõem a quem as ouve. Deixam-se estar ou acomodam-se às emoções de quem chega. Não se pense que curam, que são uma espécie de lenitivos. The Legendary Tigerman não traz uma mensagem de harmonia ou de paz. Não faltará turbulência e agitação nesta noite.
O rock and roll foi feito para amar, sim, mas também para dançar. O que se pode fazer ao som de Bad Luck Rhythm N´Blues Machine senão dançar? Uma comunhão libertadora para os dias seguintes. Assim será este concerto onde todos serão meninos e rei magos.
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