É, muito provavelmente, o exemplo dos exemplos no que diz respeito a contornar os obstáculos que a vida se vai lembrando de colocar no caminho, muitas vezes autênticos muros. Fala-se aqui de Stephen Hawking, um génio que dedicou a vida à astrofísica e que revolucionou o mundo da ciência moderna. Alguém que, embora muito cedo tenha visto ser-lhe diagnosticada uma doença neurodegenerativa que o levaria a perder o controlo do corpo, nunca se deixou tomar pelo desânimo, concentrando-se no estudo da origem do universo e tratando de aproveitar ao máximo esta curta viagem terrena.
Escrito por Maria Isabel Sánchez Vegara e ilustrado de forma deliciosa por Matt Hunt, “Stephen Hawking” (Nuvem de Letras, 2019) vem juntar-se à colecção Meninos Pequenos, Grande Sonhos – ou Meninas Pequenas, Grandes Sonhos, consoante o género -, da qual já saíram álbuns sobre Frida Kahlo, Amelia Earhart, Teresa de Calcutá, Anne Frank e, mais recentemente, Marie Curie.
Pensado para os mais pequenos e para as primeiras leituras, este livro condensa em menos de trinta páginas a vida de um dos génios maiores da história da humanidade, que recorrentemente foi homenageado com muito humor na série A Teoria do Big Bang.
Sempre em verso, descobrimos o amor precoce de Stephen pelas estrelas, a paixão literária partilhada pela família, a passagem pela escola onde desde cedo deu cartas fora do baralho comum, a doença rara que acabou por deixar o seu corpo paralisado, o casamento com Jane, o mergulho nos buracos negros ou o momento em que, aos 65 anos, flutuou como um astronauta com ar de menino travesso. Um génio que nem precisou de lâmpada mágica.
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