No âmbito da sua estada nas Residências Internacionais de Escrita Fundação D. Luís I, o escritor Michael Cunningham dará uma Aula Aberta, no próximo dia 2 de Julho, às 18h00, no auditório da Fundação Luso-Americana/FLAD (R. Sacramento à Lapa, 21), em Lisboa.
A moderação estará a cargo de Mário Avelar, professor catedrático de Estudos Ingleses e Americanos, tradutor, ensaísta e autor do recente “O Essencial sobre Walt Whitman” (INCM).
A organização é da Fundação D. Luís I, com o apoio do Centro de Estudos Anglísticos da Universidade de Lisboa e da Fundação Luso-Americana. A entrada é livre (pré-inscrição obrigatória para o mail elisabete.pato@fdl.pt).
Sobre Miguel Cunningham:
Nasceu a 6 de Novembro de 1952, na cidade de Nova Iorque. Cresceu e estudou em Cincinnati, no estado do Ohio onde, com apenas quinze anos de idade, tomou a decisão de se tornar escritor ao ler “Mrs. Dalloway” de Virginia Woolf.
Terminado o ensino secundário, ingressou na Universidade de Stanford como estudante de Literatura Inglesa, formação que conclui em 1975. Transitou depois para a Universidade de Iowa, onde obteve em 1980, um mestrado em Belas Artes.
Em 1989 viu o seu conto “White Angel” ser escolhido para uma antologia, reunindo as melhores obras do género desse ano, o Best American Short Stories 1989. Publicou o seu primeiro romance no ano seguinte, com o título “Uma Casa no Fim do Mundo” (1990), que seria adaptado ao cinema. A obra relata a história de um triângulo amoroso invulgar, entre dois homens homossexuais e uma amiga mútua, e ganhou reconhecimento imediato por parte da crítica. Como resultado deste sucesso, Michael Cunningham ganhou uma bolsa atribuída pela Fundação Guggenheim em 1993. Seguiu-se o romance “Sangue do meu Sangue” (1995), livro em que o autor descrevia os problemas da família Stassos, apresentando uma perspectiva original das relações entre o passado e o futuro.
Em 1998 publica “As Horas”, obra em que Cunningham presta homenagem ao romance que inspirou a sua carreira, “Mrs. Dalloway”. Repartindo a acção entre a Greenwich Village dos anos 80, Los Angeles da década de 40 e a Londres de Virginia Woolf, o livro foi visto pela crítica como um projecto ambicioso, mas bem-sucedido, o que se confirmou com a atribuição dos prémios Pulitzer e Pen/Faulkner na categoria de Ficção. “As Horas” foi adaptado ao cinema em 2002, com nomes como Nicole Kidman, Meryl Streep e Julianne Moore no elenco.
Seguiram-se os romances “Dias Exemplares”, “Ao Cair da Noite” e “A Rainha da Neve”, todos publicados em Portugal pela Gradiva. A mais recente obra do autor publicada em Portugal também pela Gradiva, em 2015, intitula-se “Um Cisne Selvagem e Outros Contos”. Nele Michael Cunningham inspira-se em dez contos de fadas clássicos dando uma nova vida à sua ressonância profunda fazendo da sua leitura uma surpreendente, inesperada e incómoda revelação. O livro conta ainda com as delicadas ilustrações da japonesa Yuko Shimizu, que trabalha regularmente para a The New Yorker, o The New York Times, a Time e a Newsweek.
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