O Super Bock Super Rock está de regresso ao Meco nos dias 18, 19 e 20 de Julho deste novo ano, lugar onde será celebrada a 20ª edição. À boleia dos press releases, apresentamos os últimos nomes confirmados: Disclosure em modo DJ Set e Charlotte Gainsbourg e Cat Power.
Quando se fala de música house feita na última década, tem de se falar obrigatoriamente de Howard e Guy Lawrence, os irmãos responsáveis pela assinatura Disclosure. Com pais músicos, os dois irmãos aprenderam a tocar baixo e bateria, mas rapidamente se enamoraram por elementos mais electrónicos e por ritmos como o funk, o hip hop ou o dubstep, influências que viriam a complementar com o estudo de compositores clássicos como Bach ou Claude Debussy. O primeiro single da dupla, “Offline Dexterity”, foi lançado em 2010. E, depois da assinatura pela PMR, saíram mais dois singles que colocaram os Disclosure no mapa da música de dança: “Carnival / I Love… That You Know” e “Tenderly / Flow”. 2012 foi o ano do primeiro EP, “The Face”, marcado pelo popular remix de “Running”, de Jessie Ware. Apesar destes sucessos, o primeiro grande hit da dupla foi mesmo “Latch”, com a voz de Sam Smith, de pois do qual o terreno estava mais do que preparado para o lançamento do primeiro disco. “Settle”, editado em 2013, foi um tremendo sucesso junto do público e da crítica (9.1 na Pitchfork!). “Caracal”, editado em 2015, seguiu a mesma tendência de sucesso. Este segundo registo do duo contou com as participações de Sam Smith, Lorde, Gregory Porter, Lion Babe, The Weeknd, Miguel, entre outros, e teve singles do calibre de “Omen”, “Holding On” ou “Jaded”. Influenciados por nomes como Joy Orbison, James Blake, Burial ou Mount Kimbie, o sucesso dos Disclosure está ligado a uma rara sensibilidade para ler cada pista de dança, usando um conhecimento quase enciclopédico da história da música electrónica. Assim, cada set dos Disclosure não é apenas uma celebração da vida e das múltiplas cores, mas também de toda uma cultura – aqui há espaço para Chicago House, Detroit Techno, UK Garage ou 2-Step Garage… Depois de uma breve paragem, os Disclosure atacaram o ano de 2018 com o lançamento de singles como “Ultimatum” ou “Moonlight”.
Não há dúvidas de que o sucesso de Charlotte Gainsbourg (na foto) se deve exclusivamente ao seu talento, mas há uma questão genética que não se deve menosprezar: quando se é filha de Jane Birkin e Serge Gainsbourg, difícil seria não nascer com a cabeça virada para a arte. E a melhor descrição da cantora vem precisamente da mãe: olhar para Charlotte “é como contemplar as águas calmas de um lago sob o qual, de alguma maneira, se consegue antever um movimento de tumulto e agitação”. Charlotte é assim: somos embalados por uma aparente suavidade ao mesmo tempo que somos surpreendidos por uma tensão emocional só ao alcance dos melhores intérpretes. Começou por se notabilizar como actriz, uma das melhores da sua geração, mas a música não chegou em segundo – esteve sempre presente no seu percurso, desde os 13 anos, altura em que gravou a sua estreia, “Charlotte For Ever”, um registo em que interpreta músicas escritas pelo pai. Os anos seguintes foram dedicados ao cinema, com prémios e papéis memoráveis, o que fez com que Charlotte só voltasse à música em 2001, quando interpretou “What It Feels Like for a Girl” de Madonna… A partir daí, a sua vontade fazer música começou a crescer cada vez mais e começou a preparar o disco “5:55”, que viria a sair em 2006, com letras de Jarvis Cocker e Neil Hannon. O público e a crítica ficaram sem dúvidas: estávamos diante de alguém com a sua própria voz, apesar de todas as referências. A experiência de “5:55” foi tão boa que Charlotte não demorou muito até regressar a estúdio, desta vez com a ajuda de Beck. O resultado foi “IRM”, o seu terceiro disco, editado em 2009. Recebeu mais elogios um pouco de todo o lado, viajou pela Europa a apresentar o disco e, entretanto, regressou ao cinema. “Confession of a Child of the Century” e “Nymphomaniac” são dois dos filmes que protagonizou nos últimos anos. O seu regresso aos discos deu-se em 2017 com a edição de “Rest”. Charlotte Gainsbourg ofereceu-nos mais um punhado de canções adultas sobre a perda, a morte, o medo e toda uma série de conflitos intimistas. Este disco tem referências mais diversas do que qualquer outro da cantora, inclusive literárias (Sylvia Plath), e conta com as participações de Sebastián, Paul McCartney, Owen Pallet, Guy-Manuel de Homem-Christo, dos Daft Punk, entre muitos outros.
Charlyn Marie Marshall é Cat Power para o mundo da música – um mundo que não fica indiferente às suas canções já há mais de 20 anos. O pai era um pianista focado no blues e o padrasto tinha uma coleção de discos invejável, cheia de soul e rock. Estas influências fizeram com que a jovem Marshall começasse a escrever as suas canções bem cedo, contra as indicações dos pais – os verdadeiros amantes da música conhecem os perigos da sua paixão… E a primeira apresentação pública mais a sério deu-se num pub em Brooklyn, algures entre 1992 e 1993, já sob o nome de Cat Power. A partir daí, começa a desenhar-se um dos percursos mais interessantes dos últimos trinta anos de música indie. Nesses primeiros anos, conheceu referências como Liz Phair, Steve Shelley (Sonic Youth) e Tim Foljahn (Two Dollar Guitar), nomes que logo a encorajaram a gravar as primeiras canções e, consequentemente, também os primeiros discos. “Dear Sir” (1995) e “Myra Lee” (1996), gravados num só dia, em Nova Iorque, já nos diziam muita da personalidade artística de Cat Power. O talento era mais do que evidente e surgiu o convite para assinar com a editora Matador e gravar aquele que seria o seu terceiro disco: “What Would the Community Think”. A ansiedade de Cat Power fez com que se mudasse para a Carolina do Sul e desse um tempo à música. E esse hiato só foi interrompido à conta de um pesadelo, um sonho inquietante que foi também uma espécie de visão do seu disco seguinte. “Moon Pix”, editado em 1998, apareceu-lhe em sonhos e foi impossível dizer que não a esse chamamento. Cat Power estava de regresso e esse registo parecia mais adulto e polido do que os anteriores, uma tendência que veio a confirmar-se nos discos seguintes, “You Are Free”, com as participações de Eddie Vedder e Dave Grohl, e “The Greatest”, provavelmente o disco mais bem-sucedido até então. A ansiedade e a depressão foram fantasmas que continuaram a pairar sobre a vida de Cat Power e, por isso, também sobre as suas canções, pelo menos até “Sun”, editado em 2012, aquele que é o disco mais luminoso da carreira da cantora. E seis anos depois, Cat Power regressou aos discos como com “Wanderer”. Editado em 2018, este disco é uma espécie de síntese de todos os anteriores, voltando a fórmulas que conhece bem, ao mesmo tempo que entra em diálogo com aquilo que de melhor se vai fazendo no presente. “Woman”, com Lana Del Rey, é uma das faixas obrigatórias.
Já confirmados:
18 de Julho
Palco Super Bock – Lana Del Rey, Cat Power, The 1975
Palco EDP – Metronomy
19 de Julho
Palco EDP – Kaytranada, Charlotte Gainsbourg, FKJ
20 de Julho
Palco Super Bock – Disclosure DJ Set
Palco EDP – Superorganism
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