São mais de 190 filmes que, entre 18 e 25 de Junho, prometem desenhar um olhar sobre as vozes emergentes do cinema mundial. À décima quarta edição, o FEST – Festival Novos Realizadores, Novo Cinema volta a ocupar Espinho com uma selecção de obras em estreia nacional, trabalhos de mais de 50 escolas de cinema do mundo, filmes na praia e um espaço dedicado ao cinema infantil. Em destaque, na edição deste ano, estará a filmografia da Coreia do Norte, Suécia, Japão e Áustria.
A lutar pelo Lince de Ouro estão vários filmes: “Winter Brothers”, primeira longa do islandês Hlynur Palmason, que acompanha a vida diária de dois irmãos no Inverno rigoroso, um dos mais badalados filmes na última edição do Festival de Locarno, onde iniciou um impressionante percurso internacional arrecadando mais de 20 prémio; “Blue My Mind”, estreia nas longas de ficção de Lisa Brühlmann, uma visão surreal sobre as mudanças na adolescência, que apresenta um grupo de jovens actores; a história de uma família à procura de uma nova vida de “Mobile Homes”, de Vladimir Fontenay, filme que abriu a Quinzena dos Realizadores em Cannes; o cruzamento entre a ciência, a ficção-científica e o documentário de “Photon”, de Norman Leto; retrato impressionista sobre a superstição numa pequena aldeia da Zâmbia de “I’m not a Witch” (foto de destaque), impressionante primeira longa de Rungano Nyoni; a vingança pessoal de uma família a braços com a violência da cidade de Medellín em “Killing Jesus”, ou a forma como a realizadora Laura Morna exorciza a sua própria história no grande ecrã; a corrupção e hipocrisia do moderno Teerão pelo olhar de Mohsen Gharaei, em “Blockage”; a hostilidade do sistema de imigração americano, no drama ácido que marca a estreia de Ioana Uricaru nas longas de ficção, “Lemonade”.
No documentário, o testemunho de exilados árabes sobre as guerras do Iraque e da Síria de “Sand and Blood”, de Matthias Krepp & Angelika Spangel; uma família e as suas discussões como o ponto de entrada na polarização política e social da Polónia e sua a viragem à direita em “The Celebration – Das Impreza”, de Alexandra Wesolowski; e o retrato documental da vida de Rino Lupo, um dos pioneiros do cinema europeu, em “Lupo”, de Pedro Lino.
Cruzando os universos do documentário, ficção e cinema experimental, o FEST integrará ainda uma secção infanto-juvenil dedicada às famílias (FESTinha), uma competição nacional de curtas-metragens (Grande Prémio Nacional) e um prémio para obras de realizadores a saírem das faculdades (NEXXT).
Nas vertentes não competitivas, destaque ainda ao foco sobre o cinema japonês, austríaco e sueco nos filmes que integram a secção Flavours of The World. Ponto de entrada num dos mais isolados países do mundo, a Coreia do Norte é a proposta da secção Be Kind Rewind.
À semelhança do que tem acontecido nas anteriores edições, o FEST integrará ainda duas actividades paralelas: o Training Ground e o Pitching Forum. O primeiro, a decorrer entre workshops, masterclasses, palestras e debates orientados por peritos de topo e sucesso reconhecido.
Em Espinho estarão, entre outros, o cineasta Asghar Farhad, o realizador e produtor Roman Coppola e a editora e produtora Gabriella Cristiani. Pelo Pitchig Forum passarão mais de vinte projectos nacionais que, aqui, se poderão habilitar a ganhar apoios de produção em casas europeias como a Goldcrest ou a ENVY.
Os passes gerais para o Fest 2018 já estão à venda na Bilheteira Online, lojas FNAC e locais habituais. Os ingressos apenas para o Training Ground podem ser comprados em www.fest.pt.
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