A porta do Vodafone Mexefest continua aberta e, desde que fizemos o último exercício de contabilidade, foram mais oito os nomes que se juntaram à festa que toma conta da Avenida da Liberdade e arredores nos dias 24 e 25 de Novembro. Apresentamos os novos nomes à boleia do press release.
Orelha Negra
João Gomes, Francisco Rebelo, Fred Ferreira, DJ Cruzfader e Sam The Kid formam um quinteto de luxo, responsável por algum do melhor, mais arrojado e mais bem-sucedido hip hop produzido em Portugal. Hip hop, soul e funk são os territórios mais evidentes da sua música, feita de uma imensidão de preciosos detalhes que fazem a diferença na construção de uma música que constrói narrativas, cria imagens quase cinematográficas e preserva a memória da música feita por outros no passado. A banda chega ao Mexefest no ano em que editou o seu terceiro – e mais uma vez homónimo – longa-duração.
Everything Everything
Nasceram em Manchester no ano de 2007, com vontade de produzir um som futurista em sintonia com um mundo em mudança. Depois dos primeiros tempos onde se dedicaram a um som mais punk e directo, Jonathan Higgs, Jeremy Pritchard, Michael Spearman e Alex Robertshaw encontraram uma linguagem muito própria, onde indie rock, R&B, dream pop e até rock progressivo são influências que não se atropelam. Depois de três discos bem recebidos pelo público e pela crítica (com nomeações para o Mercury Prize, por exemplo), os Everything Everything acabam de lançar “Fever Dream”.
Moullinex
Alter ego do viseense Luís Clara Gomes, Moullinex é umas das mentes mais irrequietas e criativas do panorama musical português, convidando vários géneros musicais para a sua música: soul, funk, garage rock e até MPB. Depois de dois discos aclamados pela crítica, “Flora” (2012) e “Elsewhere” (2015), Moullinex regressa agora com “Hypersex”, um registo que presta homenagem à cultura de dança.
Benjamim e Barnaby Keen
Benjamim é um dos maiores talentos na nova música portuguesa. “Auto Radio”, editado em 2015, apresenta canções com influências que vão desde o conjunto Duo Ouro Negro até aos incontornáveis Beach Boys. No tempo em que morava em Londres e ainda assinava como Walter Benjamin, o português conheceu Barnaby Keen, músico britânico, mais conhecido pelo seu projecto Flying Ibex, mas também por ser membro do colectivo Electric Jalaaba. Juntos, produziram o disco “1986”, editado este ano.
Sevdaliza
Nasceu no Irão, mas a Holanda acabou por ser o destino dos pais, refugiados políticos, quando Sevdaliza tinha apenas 5 anos. Chegou a ser basquetebolista de alta competição, mas a música falou mais alto. Sevda é obsessiva com a sua arte, controlando todos os processos da música que produz. O resultado é uma electrónica capaz de emocionar, próxima do trip hop de bandas como os Portishead ou os Massive Attack, mas sem deixar de lado as influências de géneros como o grime ou o dubstep.
Mahalia
Mahalia Burkmar nasceu em Leicester, no ano de 1998. As primeiras canções chegaram bem cedo – a primeira delas, “My Angel”, foi escrita com apenas oito anos de idade. Quando completou 13 anos, a jovem cantora assinou o seu primeiro contrato com a editora Asylum Records. Apesar deste percurso não teve pressa para gravar, privilegiando o conhecimento de si própria e do mundo. Colaborou com a banda electrónica Rudimental e já acompanhou estrelas como Ed Sheeran ou Kendrick Lamar.
Paulo Bragança
Começou a sua carreira em 1986 e gravou o primeiro disco em 1992: “Notas sobre a Alma”. David Byrne, líder dos Talking Heads, impulsionou-o para uma carreira internacional que viria a ser invejável. Apelidado pela imprensa internacional de “fadista punk”, Paulo Bragança foi uma das caras mais identificativas de um novo tempo da história do Fado. Depois do sucesso, viveu em absoluta e austera reclusão durante quatro anos. Pensar o pensamento era a rotina exaustiva diária desses tempos. E, depois de seis anos sem qualquer contacto com Portugal, encontra-se agora no nosso país com Carlos Maria Trindade, seu editor e amigo de sempre, e já começaram a trabalhar juntos num novo álbum.
Jessie Ware
A cantora britânica deixou o jornalismo para se dedicar à música. Começou por emprestar a sua voz em concertos do cantor inglês Jack Peñate, e não demorou muito até começar a colaborar com o projecto eletrónico SBTRKT, com quem editou o single “Nervous”. Em 2012 editou o primeiro disco, “Devotion”. Com ele chegou o sucesso de temas como “Running” ou “Wildest Moments” e a nomeação para vários prémios, como o Mercury Prize. Jessie Ware sente-se confortável entre a pop e a soul, que muitos já catalogaram como neo soul, convidando outros géneros musicais como o trip hop. O novo disco, “Glasshouse”, acaba de chegar às lojas.
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