O detective cibopata mais famoso do mundo – provavelmente o único – está de regresso. Neste “Fome de Vencer” (G. Floy, 2016), mudança é a palavra de ordem, não só pelo facto de a história se iniciar com a transferência de Chu para um novo departamento como, também, pelo facto de John Layman decidir explorar os poderes da cibopatia numa outra direcção. As capacidades psíquicas de Chu têm sido usadas maioritariamente para resolver crimes, mas a sua variedade é bem maior e, no fundo, era apenas uma questão de tempo até outros chegarem à mesma conclusão.
Ao mesmo tempo que Chu é perseguido pela sua habilidade, também a filha começa a sofrer da mesma atenção. Afinal, existem determinadas apetências que são genéticas, quem sabe se o charme Chu continuará a passar de geração em geração.
Ao quinto volume, Layman e Guillory optam por uma história mais contida, sem grandes avanços na narrativa principal de “Tony Chu”, mas que serve para reforçar laços entre determinadas personagens e mostrar novas possibilidades para o futuro – nomeadamente no percurso promissor da jovem Chu (a filha do protagonista). No fundo, o mais importante continua a sentir-se aqui, ou seja, uma enorme vontade de inventar extravagâncias que nos continuem a entreter e a deixar bons sorrisos na cara. E isto, é uma tradição que “Fome de Vencer” mantém bem viva.
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