“Teremos sempre paris
construido de raíz (hum, hum)
com cobertores no chão”
Samuel Úria, In “Barbarella e Barba Rala”
Paris, cidade das luzes, dos amantes, das livrarias à boca do Sena e dos croissants. Depois de Nova Iorque, “Paris em Pijamarama” (Kalandraka, 2016) é o novo livro de uma série que brinca com uma antiga técnica de animação, desenvolvida em França no século XIX e que ficou conhecida como ombro-cinéma.
O pijama às riscas continua a ser a indumentária oficial do pequeno aventureiro, que enquanto o mundo dorme irá levar-nos pela Cidade Luz numa visita à Torre Eiffel, ao Arco do Triunfo, ao Centro Pompidou, às sinuosas e labirínticas linhas do Metro, à catedral de Notre-Dame e ao Rio Sena, numa constante explosão de cores e mergulhado em onomatopeias e combinações tipográficas.
A magia aqui acontece como nos anteriores volumes: fazendo deslocar uma grelha de acetato por cima de uma página ilustrada, produzindo assim um surpreendente efeito óptico. Partindo do que fez o pioneiro e artista visual Rufus Butler Seder, Michael Leblond e Frédérique Bertrand servem um livro com um design atractivo e imagens coloridas que retratam Paris com uma cidade iluminada e que, nestes tempos digitais onde é raro o olhar demorar-se em algo, devolve a magia e a essência do coração cinéfilo.
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