“Vem à quinta-feira” (Assírio & Alvim, 2016), com a chancela Assírio & Alvim, é o mais recente livro da autora Filipa Leal. Com uma linguagem arejada, inovadora e sem artifícios, os 41 poemas desta obra apresentam-se como um relato de memórias da sua história, com textos sobre amores, desencontros, promessas de viagens, o Portugal de hoje, o FMI, imigração.
Fala-nos, essencialmente e com uma voz muito própria e sincera, dos dramas pessoais e dos da sua geração, mas também dos tumultos por que passaram as anteriores, sem nunca perder o sentido de humor, necessário para nos fazer sorrir com gosto.
O livro é uma porta aberta para as emoções e pensamentos mais íntimos da autora, mas também nos transportam para o nosso próprio interior, para os nosso próprios pensamentos e sentimentos – em especial se se tratarem de leitores da mesma geração. Destaque para os poemas “Vem à quinta-feira”, “Nocturno para Varsóvia”, “A Recusa do Amor” e “Loch Ness”.
Filipa Leal nasceu no Porto em 1979. Formou-se em Jornalismo na Universidade de Westminster, em Londres, e concluiu o Mestrado em Estudos Portugueses e Brasileiros pela Faculdade de Letras da Universidade do Porto. Recitadora e locutora, colabora regularmente com o Teatro do Campo Alegre no ciclo «Quintas de Leitura», e integra o colectivo poético «Caixa Geral de Despojos». Participa nos Seminários de Tradução Colectiva de Poesia da Fundação da Casa de Mateus. Publicou Lua-Polaroid (ficção), 2003, Corpos Editora, Talvez os lírios compreendam (poesia), 2004, Cadernos do Campo Alegre.
Apesar de ainda não ter chegado aos 40 anos de idade, Filipa Leal continua a revelar-se como uma das mais maduras e promissoras poetas da nova geração, com uma escrita coerente, directa, limpa e, acima de tudo, sentida na primeira pessoa. Uma autora e uma obra a não perder de vista.
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