É um sábado em que se aposta forte no IndieMusic. Entre os três destaques que vos reservamos nessa secção, o penúltimo dia do 13º IndieLisboa conta com “Mali Blues” (foto de destaque), de Lutz Gregor, às 18h00 no Grande Auditório da Culturgest. Contra a força dominante do radicalismo islâmico, um grupo do universo pop do Mali usa o poder da música contra um regime repressivo. A cantora e actriz de “Timbuktu”, Fatoumata Diawara, acompanha os Mali Blues na estrada, enfrentando desafios impostos pela severa lei da Xaria.
Saltamos para as 21h30, no mesmo Auditório. “Tecla Tónica”, de Eduardo Morais, procura capturar a essência da música electrónica portuguesa, remontando às suas manifestações primitivas nos anos 60 e sucessivo desbravar de caminho até aos dias de hoje. Nomes como DJ Vibe, Vítor Rua ou José Cid fazem parte do alinhamento.
Quem ficar pela Avenida da Liberdade pode contar, às 19h15 na Sala 3 do Cinema São Jorge, com a enigmática gravação do terceiro álbum dos alemães Fenster. “Emocean”, do trio J.J. Weihl, Jonathan Jarzyna e Lucas Ufo, navega entre imagens captadas com câmaras vídeo e um drone, com o acréscimo de música original que promete servir o limbo de alucinação e realidade, entre a paródia e o experimentalismo de uma pop psicadélico.
Descendo às redondezas do Largo Camões há “Evolution”, de Lucile Hadzihalliovic, para ver às 22h15 no Cinema Ideal, no âmbito da secção Boca do Inferno. Colaboradora de Gaspar Noé, foi com este filme que a cineasta foi galardoada com prémio especial do júri no Festival de San Sébastien. Deambulando entre temas como a maternidade e a puberdade, pela perspectiva de um conto fantástico, “Evolution” promete, ao jeito da filosofia de Gaspar Noé, uma viagem sensorial.
Amanhã, 1 de Maio, é o fecho da edição de 2016 do IndieLisboa. Fiquem atentos ao Deus Me Livro para os últimos destaques antes do balanço final.
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