No mundo das canções lo-fi, onde quem canta parece fazê-lo através de um microfone manhoso, com trinta mil filtros pelo meio e a três salas do lugar físico onde o som está a ser gravado, os Car Seat Headrest são uma espécie de príncipes.
Fala-se aqui do projecto de um homem só que, no BI, assina como Will Toledo e que cresceu em Williamsburg – na Virginia americana -, cidade onde aprendeu música enquanto estudante e membro da banda sinfónica.
Diz-se que foram nomes como Radiohead, Modest Mouse, R.E.M ou Swans a convencê-lo a começar a escrever músicas no computador, num sistema a dar para o tosco que foi melhorando com o passar do tempo. Apesar de um cada vez mais aprimorado estúdio caseiro, Toledo descobriu que se sentia bem mais confortável quando gravava a voz no seu carro, tendo assim surgido o nome: Car Seat Headrest.
Em Maio de 2010 Toledo lançou o primeiro LP, batizado de “1”, tendo “2”, “3” e “4” sido disponibilizados nos três meses seguintes. Discos que, para quem visitava a sua loja online, contavam com um aviso do próprio Toledo: “not very good”. Um aviso que se esticou a “Little Pieces of Paper with “No” Written on Them”, que Toledo decidiu resumir como “B-sides and rarities and generally just awful shit”.
Já em Março de 2011 saiu o primeiro disco sem avisos negativos, intitulado “My Back Is Killing Me Baby”, que gerou algum burburinho entre os amantes do lo-fi. 2014 acabou por ser o ano da graça de Toledo e os Car Seat Headrest. A edição de “How to Leave Town” foi tão elogiada que levou Toledo a assinar com a prestigiada Matador Records. Editora que, no ano passado, fez chegar às lojas “Teens of Style”, rodela que reúne novas versões de temas antigos dos Car Seat Headrest. “Drunk Drivers/Killer Whales”, tema lançado já este ano e que serve de apresentação a “Teens os Denial” – edição prevista para 20 de Maio -, mostra que a aposta da Matador é mesmo para ganhar.
Nos Primavera Sound
9 a 11 Junho 2016
Parque da Cidade, Porto
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