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Textos no arquivos de July, 2016

  • Originalmente publicado em 2004 pela DC Comics, “O Esquadrão da Luz” (G. Floy, 2016) viu os direitos de publicação regressarem ao seu autor Peter J. Tomasi, o qual em 2014 tratou de o fazer regressar às prateleiras, agora através do selo Dark Horse. É a partir desta edição mais recente que nos surge a edição portuguesa pela G. Floy, uma editora que continua a demonstrar estar bem atenta a um panorama de BD norte-americana mais ligado à fantasia e à ficção-científica, adicionando agora, ao seu leque de livros da Marvel e da Image Comics, este da Dark Horse. A acção tem início algures numa floresta belga, nos finais de Dezembro de 1944, quando um grupo de soldados americanos defronta um grupo de soldados alemães, que se revela muito mais perigoso do que parecia à primeira vista. Esta pequena facção de soldados nazis, trata-se na realidade dos Nephilim, descendentes entre humanos e os seus respectivos anjos vigilantes – os Grigori. Esta nova linhagem foi sempre condenada por Deus que, ao falhar na sua destruição acabou por unir os Nephilim e Grigori sobreviventes numa perpétua guerra contra o Seu reino. Esta é uma contenda entre o céu e os seus pecados, não existem demónios aqui, apenas anjos alados que defendem ideais diferentes, enfrentando-se continuamente nesta nossa Terra, acabando por envolver sempre os seus habitantes. É aqui que entra este grupo de soldados americanos, os quais irão desempenhar um papel preponderante ao serem recrutados para o exército de Deus, para criarem um esquadrão da luz. Peter J. Tomasi demonstra aqui uma preocupação em misturar elementos históricos da segunda grande guerra com os da mitologia judaico-cristã, tais como os Nephilim ou o centurião que matou Cristo com a sua lança (a última chaga) e, agora, lidera este esquadrão da Luz. São elementos interessantes, mas muito pouco explorados pelo autor que rapidamente se foca, quase em exclusivo, na componente da batalha entre os dois lados inimigos, tanto na sua preparação como execução. Seria importante desenvolver melhor o incómodo de Deus com a miscigenação entre Anjo e Homem, uma revelação feita em tom de rodapé que parece ser suficiente para convencer este grupo de soldados. Claro que o caminho dos Nephilim agora é um de vilania, mas a forma como Deus é apresentado levanta questões pertinentes que infelizmente são ignoradas. Para além da componente fantástica da acção, existe um outro foco nesta história, o qual será o seu grande tema e que se prende com a redenção de Chris Stavros, um soldado americano que perdeu a fé com a morte da sua mulher. Trata-se de um lugar bastante comum neste tipo de narrativas, a perda da fé derivada da perda injusta de um familiar, no entanto, será sempre mais fácil recuperar a nossa crença em Deus quando somos apresentados à sua genuína existência, algo que tira força à exploração da fé (precisamente uma crença sem provas) deste soldado. De resto e incluindo a própria caminhada pessoal de Stavros, estamos perante uma narrativa muito linear, onde qualquer desvio que surja em relação ao objectivo principal é mínimo, para não dizer desprezável. Todos aqui desempenham a sua função esperada até ao confronto final, entre anjos caídos e humanos elevados a uma condição superior. Ao contrário dos anjos, o retrato deste Esquadrão da Luz sempre é mais desenvolvido, aqui existem personagens bem distintas que irão contribuir para a narrativa de forma diferente. Além do “filho pródigo” Chris Stavros, temos também o geek Simon, o honroso Hal ou o tempestuoso Jesse, com todos a desempenhar o seu papel de forma esperada, mas competente ao longo da resolução deste conflito. Como estamos perante uma história mais envolvida no confronto físico do que no espiritual, o trabalho de Peter Snejbjerg é fundamental e, de facto, o autor consegue equilibrar bem a composição destas páginas, nomeadamente as suas sequências de acção sem parar. Quanto às personagens principais são facilmente distinguidas, graças a uma boa representação facial das suas características e emoções. Existe também uma clara intenção em dotar os anjos com uma aura de magnificência, algo em que o autor é bem triunfante. As cores de Bjarne Hansen são adequadas, sendo especialmente importantes nos elementos luminosos desta narrativa, os quais não são poucos. Por fim, não deixa de ser curioso que o protagonista Chris Stavros seja tão parecido fisicamente com o Jesse Custer de Garth Ennis e Steve Dillon em “Preacher”, quando religiosamente são duas personagens que se encontram em campos tão opostos. Apesar de acrescentar diversidade às opções da G. Floy, este “Esquadrão da Luz” acaba por ser um dos seus títulos menos relevantes, estando bem afastado do entusiasmo gerado por séries como Fatale, Saga ou Southern Bastards. Deus Me Livro
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    “O Esquadrão da Luz” | Tomasi, Snejberg e Hansen

    Originalmente publicado em 2004 pela DC Comics, “O Esquadrão da Luz” (G. Floy, 2016) viu os direitos de publicação regressarem ao seu autor Peter J. Tomasi, o qual ...

    Em 26/07/2016 / Por Gabriel Martins
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    “Tiago, o Coleccionador-Quase-Nuvem” | Vanessa Mendes Martins e Marta Madureira

    Parece ser uma daquelas verdades incontornáveis, que atravessa gerações e não escolhe idade para o seu começo ou término. Que atire a primeira pedra quem nunca, até este ...

    Em 26/07/2016 / Por Pedro Miguel Silva
  • O capitão saiu para almoçar e os marinheiros tomaram o navio, Deus Me Livro, Alfaguara, Charles Bukowski
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    “O capitão saiu para almoçar e os marinheiros tomaram o navio” | Charles Bukowski

    “Acho que as pessoas que escrevem diários e tiram apontamentos sobre aquilo que pensam são uns idiotas. Só estou a fazer isto porque alguém me sugeriu. Como veêm, ...

    Em 25/07/2016 / Por Paulo Ribeiro da Silva
  • Rádio Grafia Bons Sons 2016, Rádio Grafia Bons Sons, Bons Sons, Bons Sons 2016, Deus Me Livro, Danças Ocultas
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    RádioGrafia Bons Sons 2016: Danças Ocultas

    “Às quatro concertinas de Danças Ocultas junta-se António Vassalo Lourenço, maestro da Orquestra Filarmonia das Beiras e profundo conhecedor da música deste grupo, para uma iniciativa especial. Os ...

    Em 25/07/2016 / Por Pedro Miguel Silva
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    “Pequenos Vigaristas” | Gillian Flynn

    No universo cruzado dos thrillers e dos policiais, são muitas as propostas numa concorrência que, de tão apertada, já chegou ao ponto do nó cego. Porém, se quisermos ...

    Em 25/07/2016 / Por Pedro Miguel Silva
  • Rato Picado, Porto Editora, Deus Me Livro, David Walliams
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    “Rato Picado” | David Walliams

    Depois de uma avozinha com tiques de Don Corleone, uma dentista que incentivava ao consumo desenfreado de açúcar, uma Tia impermeável às emoções humanas e um rapaz com ...

    Em 25/07/2016 / Por Pedro Miguel Silva
  • Wild Beasts, Liima, Jameson Urban Routes, Musicbox
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    Uma rota urbana para percorrer de whisky na mão

    E eis que, na aproximação ao seu 10º aniversário, o Jameson Urban Routes decide celebrar à grande e num novo formato: 7 dias a fio com 16 sessões de ...

    Em 23/07/2016 / Por Pedro Miguel Silva
  • Laura Gibson, Lugar Comum, American Autumn, Deus Me Livro
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    Nunca foi tão fácil gostar de lugares comuns

    A brincar, a brincar, são já oito os anos de idade – e actividade – da Lugar Comum, uma associação cultural que, em Portugal mas sobretudo em Coimbra, tem desenvolvido uma actividade ...

    Em 23/07/2016 / Por Pedro Miguel Silva
  • Folio, Folio 2016, Júlio Pomar
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    As três fases de Júlio Pomar sobre Quixote em exposição inédita

    Pela primeira vez num espaço comum, é possível ver as obras das três fases de Júlio Pomar sobre essa obra intemporal chamada D. Quixote. A primeira de 1959 ...

    Em 23/07/2016 / Por Pedro Miguel Silva
  • Uma Boa Mulher, Clube do Autor, Jill Alexander Essbaum, Deus Me Livro
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    “Uma Boa Mulher” | Jill Alexander Essbaum

    “Uma Boa Mulher” (Clube do Autor, 2016), escrito por Jill Alexander Essbaum, é um livro sobre intimidade, com todos os riscos que uma afirmação tão peremptória comporta. Anna, ...

    Em 22/07/2016 / Por Ana Ilhéu
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