É no oitavo volume que assistimos ao derradeiro confronto entre os Cavaleiros da Verdadeira Cruz e o rejuvenescido Saburota Todo, o qual libertou o Rei Impuro em Quioto, ameaçando toda a sua destruição. O Rei Impuro é-nos apresentado como uma massa de proporções descomunais que se espalha pela cidade, contaminando e destruindo tudo aquilo em que toca – a lembrar um pouco o miasma destrutivo em “Nausicaä do Vale do Vento” de Hayao Miyazaki.
Esta estranha massa de poder ameaça engolir toda a cidade de Quioto e é imperativo que todos os exorcistas dêem o seu melhor para a conter. Como vimos no volume passado, Rin Okumura – artilhado com a espada Koma – e Ryuji Suguro – herdeiro da onda flamejante de Aeon – uniram forças numa nova amizade reforçada a fim de combater esta devastação. Será que estes dois prodígios da Verdadeira Cruz conseguirão trabalhar em conjunto para impedir esta devastação? É o tudo ou nada agora.
Enquanto Rin e Ryuji combatem o Rei Impuro, Yukio enfrenta o antigo professor Saburota Todo. Este traidor, agora mais poderoso do que nunca, consegue impressionar Yukio com o seu poder e testá-lo com as suas capacidades de manipulação. Finalmente temos uma exploração mais aprofundada da relação entre os irmãos Okumura e as emoções pelas quais Yukio passou durante o seu crescimento. O Rei Impuro pode ser, neste momento, a maior ameaça, mas o grande protagonista deste volume oito de “Blue Exorcist” (Devir, 2016) foi mesmo Yukio Okumura, uma personagem que continua a mostrar que quer ser mais do que simplesmente o irmão do grande protagonista.
Numa autora com a habilidade de Kazue Kato, tanto para o desenho de espaços como na pormenorizada caracterização de personagens, continua a ser uma pena que insista numa versão tão exploratória de Shura Kirigakure, uma personagem que merecia um tratamento melhor – algo que a autora facilmente lhe conseguiria proporcionar se quisesse.
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