O volume anterior tinha terminado com a chegada do antigo mentor da professora Irina Jelavich, um assassino de topo que ameaçava destronar o lugar da sua antiga discípula. Nesse sentido, a entrada desta personagem é bastante efémera, servindo apenas para enaltecer as qualidades que temos vindo a conhecer sobre a assassina mais sedutora de “Assassination Classroom” (edição portuguesa pela Devir).
Muito mais relevante é o arco seguinte, com a chegada de um novo aluno à turma E, Hotibe Itona. Esta nova adição prova ser o maior desafio de Korosensei, até à altura; contudo, o maior interesse nesta nova personagem vai além das suas habilidades físicas, pois Itona entra em cena a autoproclamar-se irmão de Korosensei. Na explicação desta frase reside alguma informação sobre o passado da enigmática criatura que ameaçou toda a existência na Terra. Como pode ter Koronsensei um irmão de aspecto humano? A resposta é dada agora, debruçando-se muito brevemente sobre o acontecimento que levou Korosensei a estar hoje aqui a ensinar esta turma.
Apesar de termos tido alguns desenvolvimentos sobre as motivações de Korosensei, continua a sentir-se que são escassos e dados com grandes intervalos de tempo, a fim de a série poder render mais tempo. Felizmente, Yusei Matsui continua a criar situações divertidas e moralistas (se conseguirmos aceitar o assassínio enquanto motivação) para nos manter o interesse na leitura. Desta vez, o autor decidiu abordar os torneios desportivos escolares, sublinhando a forma como – mais uma vez – a turma E é colocada numa posição de humilhação. Com Korosensei agora à frente desta turma, é mais do que tempo de mudar as regras do jogo.
A título de curiosidade, “Assassination Classroom” conta já com duas adaptações ao cinema em acção real: a primeira data de 2015 e a sequela – intitulada “Graduation” – de 2016, tendo estado presente na mais recente edição do festival MotelX.
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