Para os fãs do Star Wars de longa – e não tão comprida – data, há um facto que é por todos partilhado: o Yoda sabe-a toda. Até mesmo, como se poderá comprovar em “Boa Noite, Darth Vader” (Planeta, 2015), quando o assunto versa sobre os desígnios do sono: “Bocejar é o caminho para nos deitarmos. O bocejo leva ao cansaço, o cansaço leva-nos a recostarmo-nos, recostados… dormimos…”
Depois da publicação de “Darth Vader e filho” e “Darth Vader e a sua princezinha”, a Planeta continua a publicar os livros de Jeffrey Brown centrados no universo Star Wars e que nos mostram os heróis e irmãos Luke e Leia em ponto pequeno.
Este episódio tem lugar numa galáxia muito, muito distante, às oito da noite de um dia como todos os outros. Lord Darth Vader pode ser conhecido – e sobretudo temido – por dominar a galáxia quase de uma ponta à outra, mas em casa é bem mais difícil impôr respeito. Sobretudo quando por lá andam dois pirralhos como Luke e Leia.
Vader ainda tenta reunir a força negra e convocar ,o poder do sono, mas Luke e Leia convencem-no a contar uma história que dá desde logo, o mote da rima, convidando ao nonsense galáctico: “Difícil será adormecer, se irritado estiver o humanóide / Chegou a hora de desligar todos os dróides.” Ou, mais à frente, esta pérola: “Para os wookies de Kashyyyk chegou a hora de dormir / E para se deitarem às árvores vão subir.”
Nesta história em contínuo – ao contrário dos volumes anteriores, servidos às tiras -, desfilam muitas das personagens e elementos que fizeram história nas estrelas: Ben, Jar, a Estrela da Morte, a Rainha Amidala, Chewie, Han Solo, Jabba ou os irresistíveis wookies.
Ainda que perca o humor imediato e compartimentado dos anteriores volumes, “Boa Noite, Darth Vader” é um livro que ficará bem na estante de um fã da saga Star Wars, ainda para mais se tiver pirralhos lá por casa. A pergunta fica no ar: quem adormecerá primeiro?
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